Todos sabemos que há um povo escolhido: nem mais nem menos que os nossos amigos Judeus: narigudos, forretas, capitalistas e orgulhosos. Mas serão mesmo eles o povo escolhido? Porquê? Por quem? Porque não nós?
Pronto, está bem, eles sofreram.
Eles construíram pirâmides, sem direito a férias, nem 13º.
Eles andaram às voltas durante quarenta anos por um deserto, onde, como se imagina, não havia muita gente a quem vender ourivesaria, ou artigos de electrónica.
Eles atravessaram o Mar Vermelho, sem sequer saberem o horário das marés.
Eles tiveram um dos seus eternos líderes interpretado no grande ecrã por Charlton Heston, uma das poucas pessoas capazes de roubar o rótulo “coirão” a Chuck Norris. Nem sequer vamos falar da história mais recente, porque me parece de extremo mau gosto que a palavra “Auschwitz” apareça neste blog (oh que caraças, o que eu fui fazer!!!).
Eles perderam parte da pilinha.
Eles sofreram.
Mas eles agora são o aliado nº1 dos EUA. Até têm a mesma política externa, musicada pelos Cure, em “Killing an Arab”. Nós, o máximo que conseguimos fazer, foi pôr o Durão Barroso (parte da sombra da mão dele, para ser mais preciso) na mesma fotografia que o Bush.
Eles são de todo o mundo. Há Judeus Americanos, Judeus Italianos, Judeus Franceses. São finos, ou pelo menos, internacionais. Nós só temos os Portugueses Portugueses. Mal passamos a fronteira, pumba! “Emigrantes”!
Eles têm a Mossad, uma das melhores forças secretas do mundo. Nós temos a redacção da TVI.
Eles têm a Estrela de David, nós temos o artesanato das Caldas.
Eles têm o menorah, nós temos o bibelot.
Eles têm a Anne Frank, nós temos a Catarina Tallon.
Eles têm o Einstein, nós temos o Tino de Rans.
E nós também sofremos muito!
Que espécie de moral pode ter o povo de um país que já dividiu o mundo, e que agora vê o mundo a dividí-lo? Como é que, em pouco mais de quinhentos anos, passámos de Tordesilhas para Badamecos?
Nós não temos líderes que fiquem connosco até ao fim (o Mário Soares não conta), que nos guiem pelo deserto, e nos impeçam de meter água. Se Moisés fosse Português, à primeira chicotada, tinha fugido para Bruxelas!
Nós podemos não andar vestidos à cigano, e ter aquelas tranças a cair pelas orelhas abaixo, mas sempre temos o tuning, a meia branca e o bigode.
Nós não fomos exterminados pelos Nazis, mas... não, nada.
Nós também sofremos, caramba!
O povo escolhido devíamos ser nós, os Portugueses! Nós é que precisamos de ajuda!
Deus, se realmente existes, dá-nos um Moisés que mastigue de boca fechada, dá-nos os 10 mandamentos (por acaso, eu punha-lhes mais 2: “não verás reality shows” e “não votarás PND”)!
Salva-nos!!!
Pronto, está bem, eles sofreram.
Eles construíram pirâmides, sem direito a férias, nem 13º.
Eles andaram às voltas durante quarenta anos por um deserto, onde, como se imagina, não havia muita gente a quem vender ourivesaria, ou artigos de electrónica.
Eles atravessaram o Mar Vermelho, sem sequer saberem o horário das marés.
Eles tiveram um dos seus eternos líderes interpretado no grande ecrã por Charlton Heston, uma das poucas pessoas capazes de roubar o rótulo “coirão” a Chuck Norris. Nem sequer vamos falar da história mais recente, porque me parece de extremo mau gosto que a palavra “Auschwitz” apareça neste blog (oh que caraças, o que eu fui fazer!!!).
Eles perderam parte da pilinha.
Eles sofreram.
Mas eles agora são o aliado nº1 dos EUA. Até têm a mesma política externa, musicada pelos Cure, em “Killing an Arab”. Nós, o máximo que conseguimos fazer, foi pôr o Durão Barroso (parte da sombra da mão dele, para ser mais preciso) na mesma fotografia que o Bush.
Eles são de todo o mundo. Há Judeus Americanos, Judeus Italianos, Judeus Franceses. São finos, ou pelo menos, internacionais. Nós só temos os Portugueses Portugueses. Mal passamos a fronteira, pumba! “Emigrantes”!
Eles têm a Mossad, uma das melhores forças secretas do mundo. Nós temos a redacção da TVI.
Eles têm a Estrela de David, nós temos o artesanato das Caldas.
Eles têm o menorah, nós temos o bibelot.
Eles têm a Anne Frank, nós temos a Catarina Tallon.
Eles têm o Einstein, nós temos o Tino de Rans.
E nós também sofremos muito!
Que espécie de moral pode ter o povo de um país que já dividiu o mundo, e que agora vê o mundo a dividí-lo? Como é que, em pouco mais de quinhentos anos, passámos de Tordesilhas para Badamecos?
Nós não temos líderes que fiquem connosco até ao fim (o Mário Soares não conta), que nos guiem pelo deserto, e nos impeçam de meter água. Se Moisés fosse Português, à primeira chicotada, tinha fugido para Bruxelas!
Nós podemos não andar vestidos à cigano, e ter aquelas tranças a cair pelas orelhas abaixo, mas sempre temos o tuning, a meia branca e o bigode.
Nós não fomos exterminados pelos Nazis, mas... não, nada.
Nós também sofremos, caramba!
O povo escolhido devíamos ser nós, os Portugueses! Nós é que precisamos de ajuda!
Deus, se realmente existes, dá-nos um Moisés que mastigue de boca fechada, dá-nos os 10 mandamentos (por acaso, eu punha-lhes mais 2: “não verás reality shows” e “não votarás PND”)!
Salva-nos!!!
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