terça-feira, novembro 29, 2005

A Queda de um Mito

Depois de descobrir que o Pai Natal não existe, que no wrestling a porrada é fictícia e que o Cláudio Ramos é pai o impensável aconteceu… o Mcdonald’s agora serve sopa!!!

Mas o que vem a ser isto? Uma pessoa quer aumentar os seus níveis de colesterol e dilatar o seu perímetro abdominal e o quê que lhe dão? Um creme de espinafres ou uma sopa de legumes…

Eu até percebo a ideia de implementar hábitos de alimentação saudáveis nos portugueses mas... numa cadeia de fast-food (que tal começar pelas cantinas das escolas)? Qual é a piada de comer sopa com batatas fritas? "Agora que já comi a sopa, já me posso portar mal e comer estas batatas cheias de gordura… passa-me aí o ketchup!"

sábado, novembro 26, 2005

Prendas de Natal

O Natal de está à porta. Como esta é uma época de amor, fraternidade, paz, amizade, solidariedade, concórdia, afecto, generosidade, benevolência... vamos falar de bens materiais.

Está na altura de comprar os presentes para os familiares e amigos por isso vou dar uma ajuda.

Não vou sugerir nenhum produto em especial mas sim deixo aqui uma lista de itens a evitar:

Vestuário
- Galochas Colibri (aquelas com olhinhos de sapo)
- Kispo de marca K-way
- Meias brancas com as emblemáticas raquetes cruzadas

- Roupa interior masculina

- Chinelos de andar por casa (para senhora) com sola de espuma branca e a frente em pêlo
- Calças Gangster (vendidas nos hipermercados)

Higiene
- Conjunto de toilette com stick, roll-on, desodorizante em spray e bolsinha de viagem (em Napel... nem é napa nem é pele!) Old Spice, Blue Stratus ou Insignia for Man.

Artigos para o lar
- Conjunto de tupperwares de 23 tamanhos e formatos
- Descascador automático de alho
- Conjuntos de pratos translúcidos de tom âmbar
- Panos (napperonss) finamente rendados para colocar em cima da televisão

Artigos para automóvel
- Conjunto de duas bufadeiras cromadas
- Punho da manette de velocidades em alumínio (de preferência azul)
- Conjunto de cães que movimentam a cabeça e almofadas rendadas para colocar na chapeleira
- Ambientador com formato de volante com aroma a alfazema

Alimentação
- Todos... com excepção para o presunto "Pata Negra"

Em nome de toda a equipa que produz e realiza este blog, os votos de que...
..NÃO SE ESQUEÇAM DE MIM QUANDO COMPRAREM AS PRENDAS!


PS: A menção a marcas produtos ou serviços nest post é meramente indicativa e aleatória. Eu uso regularmente estes produtos com total satisfação...

PS2:... nem todos

quarta-feira, novembro 23, 2005

No Comment

...como na EuroNews




Classificados do jornal destak 23/11/05



terça-feira, novembro 22, 2005

Publicidade

Deve haver muitas marcas interessadas em utilizar a imagem do candidato socialista para publicidade.

Por exemplo, os comprimidos Viagra. Imagino um cartaz com Mário Soares a segurar um frasco dos mesmos, sorridente, e uma legenda em que se lê: “Viagra – até as bochechas incham”.

Ou então, aquela conhecida marca de pilhas, que poderia usar o Mário Soares com o seu slogan “e dura, dura, dura…”

Também uma marca de aparelhos auditivos poderia usar o mote de um cartaz do candidato octogenário “Saber Ouvir os portugueses” para publicitar os seus produtos

Uma cadeia de ópticas faria um spot publicitário com Soares a dizer “Eu tive um desconto de 82%”

E ainda, uma empresa de telecomunicações: (Soares a dançar ao som dos K-OS) “O português tem uma esperança de vida de apenas 75 anos, mas será que isso o preocupa? Nem um bocadinho… Porque ele mesmo depois dessa idade continua a fazer as coisas que mais adora”.

sábado, novembro 19, 2005

quarta-feira, novembro 16, 2005

Escolha Difícil

É bonito ver os nossos dois candidatos presidenciais a assumir as suas tácticas de uma forma tão frontal. E digo (escrevo) dois porque os outros, a julgar pela cobertura mediática que têm, interessam tanto como a quota de pescas do Bahrein.

Mário Soares, no rés-do-chão, berra tudo o que pode, para ver se consegue convencer Cavaco Silva, que está lá em cima no 4º andar, com vista panorâmica para Portugal, a vir cá abaixo discutir com ele. Já o professor, mantém-se imperturbável, escudado pelo seu vestuário da Maconde à prova de insultos, provocações, ou essa coisa chamada realidade.
Mas o avô Mário já nem tem idade para estas coisas, a presidência da república, que se calhar era melhor para alguém que ainda tivesse idade para ter vontade de completar algo mais do que um ciclo digestivo.

Das cinzas renasceu Cavaco Silva. Foi, tal como o seu discurso, um processo lento e gradual. Já ninguém se lembra daquele primeiro ministro que só não foi arrasado por Guterres porque passou a bola a Fernando Nogueira, o Santana Lopes de então.
O Prof. Cavaco Silva de agora promete impedir que os nossos governantes tomem alguma medida remotamente parecida com as que tomou o antigo Prof. Cavaco Silva quando estava no governo.
Temos de reconhecer a pose de estado do não-politico-profissional. Pelo ar que consegue pôr, merece um alto cargo, mas…sei lá…a presidência de um condomínio em Carcavelos, ou do CSSPE – o Clube de Sueca de S. Pedro do Estoril. E deixávamos a presidência da república para alguém que percebesse um pouco mais do que vai para lá fazer e já agora que mastigasse como as pessoas.

Entretanto, os outros pseudo-candidatos continuam a sua cruzada no deserto.

Louçã queixa-se de tudo e de todos, sinal evidente de que o quer que seja que anda a tomar para a queda do cabelo não está a resultar. Talvez devesse considerar a hipótese Fernando Gomes.
Alegre é um homem grandioso. Corajoso, fiel, recto, magnânime. Infelizmente, para quem vive fora de uma peça de Shakespeare, tudo isso se confunde com presunção.
Quanto a Jerónimo de Sousa, continua a querer mudar a forma como a riqueza é distribuída, como o povo é tratado em Portugal, etc., etc., mas já não é nada mau se conseguir chegar até ao dia das eleições sem perder a voz.

Resta-nos Manuel João Vieira e o José Maria Martins.

O primeiro é um visionário que faz qualquer humorista parecer o general Ramalho Eanes, é folião, irresponsável, alucinado, descarado, completamente desprovido de ambição, divertido. O outro para além de ter todas as características do Manuel Vieira ainda é advogado do Bibi.

Ora aqui está uma escolha difícil.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Paris a Arder

Há uns célebres gauleses que sempre tiveram medo que o céu lhes caísse um dia em cima. E porquê? Porque de vez em quando há algo que faz desabar o país da revolução francesa. Algo de visceral e muito profundo. Quem conhece um pouco da história de França sabe que aquele país, que sempre foi o símbolo do progresso e da sofisticação e o centro da Europa (e do Mundo, numa perspectiva eurocentrista), tem alturas em que descamba. E daí para os banhos de sangue e a violência mais desabrida demora o mesmo que o zero aos cem de um F 40.

É o que está a acontecer mais uma vez. 30 anos depois do Maio de 68, os últimos motins graves em França, regressa a convulsão social grave à capital. Por todo o lado se escrevem crónicas e se tecem comentários sobre o que se passa. Todo o idiota que se preze tem uma teoria, incluindo eu. Assim, vou estabelecer uma tipologia das melhores opiniões que fui lendo e ouvindo por aí.

A - Há os que preferem uma solução final para os amotinados, idêntica há de um senhor de bigode ridículo que tentou dominar a Europa a meio do século passado.

B – Há os que culpam os franceses, como Vasco Pulido Valente que vai ao ponto de dizer que a França é o país mais racista e xenófobo da Europa. Embora não me pareça muito convicto. No fundo está a malhar por malhar. Está-lhe na massa do sangue. Dá-me ideia que o Vasco é do género de pessoas que buzina no trânsito mesmo quando vai sozinho por uma rua abaixo, só porque sim. Não me parece que se possa dizer que a França é mais racista e xenófoba que a Suíça, a Áustria, a Alemanha, ou a Bélgica, por exemplo. Países onde tudo poderia também ter acontecido. Aconteceu em França, porque tinha de acontecer aí. Nisso a França teve galo.

C – Há os que não têm opinião, mas acham que alguém devia fazer alguma coisa. É o pensamento mais comum dos frequentadores de festas do Jet Set.

D – Há os que desculpabilizam os tipos que incendeiam os carros, as lojas, os autocarros, os comboios, as fábricas, etc. Porquê? Porque os incendiários são vítimas do sistema. São pessoas oprimidas. Mas eu digo, também os sportinguistas se diziam oprimidos pelo sistema muito tempo e não deitaram fogo a nenhum carro de árbitro. Duas ou três pedritas ainda vá, mas fogo? Isso é vandalismo, é violência, não tem desculpa.

E – Há os que acham isto útil no sentido de uma renovação do parque automóvel francês. Pelo menos já ouvi isto da boca de certas pessoas. Julgo que o se deveriam identificar quem pensa assim. São, obviamente, indivíduos muito perigosos.

F – E há quem tenha teorias radicais, como eu, que não se perde nada em desconhecer.

Penso que o que se passa vai acabar por crescer ainda mais. A próxima grande guerra será uma guerra de pobres contra ricos. Não é religiosa, nem política, nem sequer é civilizacional. É a guerra da má distribuição da riqueza. E um rico pode ter armas, dinheiro, poder, mas tem algo que o torna imensamente frágil, tem muito a perder com uma guerra. Perde o seu estilo de vida, o seu conforto, a sua vida feliz e constantemente ensolarada, a oportunidade de gastar alegremente todo o seu dinheiro. O pobre não. Um cidadão da Somália, por exemplo, com um rendimento de vinte cinco Euros, cuja família morreu chacinada por uns quaisquer senhores da guerra, cujo os amigos morrem aos magotes de HIV e de subnutrição, ou tem hipótese de ter uma vida melhor ou só lhe resta a revolta. Não tem nada a perder.

Um dia talvez paguemos a factura por estarmos no lado confortável da barricada. Os cornetins que anunciam esse dia parecem começar a fazer ouvir-se. Mas também pode ser só o Vasco Pulido Valente a passear de carro pelas redondezas. Espero que sim. Do mal o menos.

quarta-feira, novembro 09, 2005

O Nosso Portugal

Decididamente viver em Portugal é uma maravilha! Ou, pelo menos, bom. Menos mau, pronto.

O país dos brandos costumes pode não ser muito emocionante, glamouroso, civilizado, desenvolvido, equilibrado, bem governado, significativo, próspero, meritório da sua herança histórica e cultural, exótico, bem urbanizado, autónomo, aberto a novas ideias, mas é um país! Ah, e tem brandos costumes.

Há coisas que por cá simplesmente não acontecem. Atentados, só à inteligência; catástrofes naturais, tirando esta ultima seca agreste e a Teresa Guilherme, só as nossas celebridades, que apesar de levarem o pedantismo a níveis tóxicos comparáveis ao urânio enriquecido, não matam; quanto ao crime, resume-se basicamente ao mundo do futebol e aos discos do Toy. Nem Sequer a gripe das aves cá chega, e não me venham falar do Ricardo.

Claro que há excepções à regra, mas não só a confirmam, como são espoliadas de qualquer relevância pela forma como por cá são abordadas. Podem aparecer autarcas acusados de abusos ou corrupção, que os Portugueses fazem a melhor coisa para apagar o caso, que é voltar a votar neles. Crimes de gangs têm a mesma visibilidade que a carreira da Lídia Franco, sendo que até já se cruzaram, com benefícios mútuos.

A seca deste ano foi devastadora, mas sempre que teve tempo de antena, foi uma seca! Os incêndios são terríveis, trágicos, mesmo na televisão dão um bom espectáculo (embora repetitivo), mas têm um péssimo timing – no verão, maior parte dos Portugueses está de férias - deviam escolher outra época.

E por isso andamos sossegados.
Temos esta terrível crise mas mais uma vez, o Português, não querendo que lá fora percebam que isto por cá é Marrocos com mais marcas de iogurtes, empenha-se em atulhar centros comerciais, feiras populares e quaisquer eventos em que se ofereçam bonés. Fá-lo contrariado, a sua inteligência e perspectiva esclarecida das sua condição sócio-antropo-económica não deixam que esqueça a terrível situação em que se encontra, mas disfarça, ri-se, berra alegremente, e muito a custo lá engole mais um garrafão de seja o que for que lhe faça vontade de comer chouriço.

Até me admira como é que as operadoras turísticas que têm como missão vender Portugal não usam esta perspectiva. Em vez das praias e campos de golfe do Algarve, experimentem vender a essência do nosso País – “Portugal, o país em que não acontece nada”.

terça-feira, novembro 08, 2005

segunda-feira, novembro 07, 2005

Padre?

No Verão passado numa freguesia dos arredores de Esposende, de onde o meu pai é natural, uma senhora de idade (aproximadamente a do Soares) interpelou-me, oferecendo-me uns folhetos, e tentou convencer-me a ir para o seminário para ser padre.
Eu, fazendo um esforço para conter o riso, expliquei-lhe ia entrar para a faculdade e achava que essa não era a minha vocação... Ela continuou a insistir mas eu consegui dissuadi-la daquela tentativa de me levar para a vida religiosa (Deus me livre!).

Hoje poucos meses depois, arrependi-me profundamente de ter rejeitado aquela proposta… sim hoje… depois de ter saído dos cinemas do Norteshopping onde vi “O Crime do Padre Amaro”…

terça-feira, novembro 01, 2005

Confusões

Hoje passei em frente a uma loja de acessórios para casa de banho e quando olhei para a montra houve uma linha de artigos de design arrojado (modernices) que me prendeu a atenção: Fiquei na dúvida se um dos acessórios dessa gama era um piaçaba ou uma escova de lavar as costas…