domingo, abril 16, 2006

Missa

Hoje esteve a ser transmitida missa na TV...
Seria pecado se eu a visse?

quarta-feira, abril 05, 2006

No Comment (3)

"Na champions parece que favorecem os emblemas mais grandes"
(Petit)

quinta-feira, março 30, 2006

work in progress

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WORK IN PROGRESS

work in progress

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sexta-feira, março 24, 2006

O Canal

Com tanta porcaria na televisão portuguesa quero chamar a atenção para um excelente canal de televisão que descobri esta semana ao fazer zapping. Tem uma programação um bocado limitada, mas ao menos não oferece as estopadas do costume, incluindo intermináveis sessões de publicidade. Chama-se “AV1”. E se lhe associar um aparelhómetro em que se põe uns dvd's pode-se ver coisas fantasticas como esta.

quinta-feira, março 23, 2006

O que eu gosto...

...da Primavera...

segunda-feira, março 06, 2006

É tudo nosso

Cada vez mais nos chegam sinais de que o nosso planeta se está a virar contra nós: a proliferação da gripe das aves, o aquecimento global, o Marques Mendes. Estamos a ficar tão encurralados como um heterossexual numa companhia de dança. Mas será que este planeta é mesmo nosso?

Segundo a bíblia, Deus criou o universo em seis dias, tendo descansado ao sétimo.
(Esta história parece-me ter pouca lógica pois, segundo a Bíblia, Deus criou os Céus e a Terra e só depois disse “Let there be light”. Não era mais fácil fazer o trabalho já com a luz ligada? Mas pronto... isto até pode ser uma válida explicação para a existência de certos locais.)
Mesmo levando isto à letra, para o que se terá de se esquecer essa pequenina coisa chamada Ciência, a duvida é válida: terá Deus criado este planeta para nós? Se sim, espero que Ele esteja já a pensar no próximo. Se não, estamos mesmo a pagar dinheiro a mais pela renda das nossas casas.

Temos de admitir que isto tudo, a nós, está muito mal entregue. Tínhamos um planeta novinho nas nossas mãos, com os recursos todos em pleno, intactos. E o que é que fizemos? Vivemos felizes para sempre? Não! Não descansámos enquanto não inventámos o álcool, as drogas, a prostituição. E coisas más também.

Se não fosse por nós, não haveria extracção de minérios, construção, poluição, a TVI. Não haveria armas, acidentes rodoviários, ou reality shows. Mas, e Deus, na sua infinita sabedoria, deve ter percebido isso, também não haveria religião. Não estou a ver animais irracionais a construir templos para adorar uma entidade superior, e não me venham falar dos adeptos de futebol, que apesar de tudo, são "bípedes implumes".

Sendo assim, isto poderia querer dizer que Deus nos teria entregue o mundo, porque sabia que O adoraríamos. Fundamentaríamos toda a existência em Sua função, usaríamos o Seu nome em frases do dia-a-dia (“Deus queira que…” ou “Vai com Deus”), referir-nos-íamos a Ele usando sempre a maiúscula.

A outra hipótese, ainda para quem acha que Big Bang é uma marca de pastilhas elásticas, é que nem Deus tivesse previsto aquilo de que o ser humano era capaz. Mas devia ter percebido, logo com as “nossas” primeiras invenções – “fogo? roda? moca? moeda? oh que caraças…”

Para os pobres infiéis, tudo isto está muito certo. O homem esteve, está e estará entregue a si mesmo, é dono do seu destino, e tem de se responsabilizar pelos seus actos, assumindo as suas consequências, sejam estas uma guerra nuclear ou simplesmente um selo nas cuecas, até ao final da sua miserável e angustiada existência. Que maravilha.

Seja como for, não há garantias de que este planeta seja nosso. Por cada batalha ganha contra a natureza (vacinas, antibióticos, implantes de silicone), há outra que aparece, seja esta um vírus destrutivo, uma doença incurável, ou mais um concorrente de reality shows. Veremos quem ganha no fim...

quinta-feira, março 02, 2006

E Eles Coiso.... Mergulham





PS1: As declarações são da responsabilidade do interveniente
PS2: Para quem não conseguir visualizar pode fazer o download do ficheiro aqui ou tentar ver aqui.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Montanha de costas partidas

A ultima obra de Ang Lee logo no título, tem alguma ironia – Brokeback Mountain, em tradução literal, a montanha das costas partidas, nome da história de um amor homossexual? Tem de ser brincadeira.

Não acho que a homossexualidade entre dois cowboys seja uma ideia assim tão rebuscada. Afinal de contas, estamos a falar de homens que passam grandes temporadas isolados, tendo como única companhia outros cowboys, e gado. Ora, chamem-me mariconço, mas se tivesse de escolher entre um enorme bovino, ou alguém com quem sempre podia falar do tempo, até lingerie de couro começava a usar. E nem era preciso ser o Heath Ledger, ou o Jake Gyllenhaal. Até o general Ramalho Eanes ia.
Por esta razão, não me parece que o filme faça a apologia da homossexualidade. Simplesmente, apresenta-a como uma válida alternativa à zoofilia.

De qualquer forma, nunca mais vou olhar para o John Wayne da mesma forma. Bem me pareceu que aquele ondular de anca não era deficiência nenhuma. E aquela agressividade toda? Sempre aos murros e aos tiros a todos os cowboys que lhe cruzavam o caminho. Um larilas, é o que é!

Não que isso tenha alguma coisa de mal. De facto, a homossexualidade é um conceito que até tenho em alguma estima. Sobretudo a feminina mas mesmo em relação à masculina não tenho nada contra.

Adoro beber uns copos com os meus amigos, ver filmes, ir ao futebol, ou simplesmente conversar. Acho que adorava mesmo viver com eles… desdes que não tivesse que lhes tocar em parte nenhuma do corpo, e me deixassem trazer miúdas para casa.

Entretanto, parece que há uma nova estirpe de homens – Fazem nuances no cabelo, manicure, depilação, massagem, solário - aquilo a que chamam metrossexual, que sempre é menos ofensivo do que paneleiro, ou inútil. Supostamente, será o homem ideal. Não é homossexual, mas tem bom gosto (ou o que hoje em dia passa por isso), cuida de si, e é sensível. Companheiro ideal para a mulher, desde que ela tenha tendência para o lesbianismo, e não se importe de partilhar o rímel.

Na boa tradição do cinema Português, vai com certeza aparecer um filme Português, que conta a história de dois pastorinhos que se apaixonam um pelo outro. Podem ser dois rapazitos que façam aquelas novelas para miúdos da TVI, por muito maus actores que sejam, são naturalmente dotados para o papel. Depois anunciam que se apaixonaram realmente durante as gravações, casam-se em Espanha e 3 meses depois estão num reality show da TVI, a discutir tarefas diárias com o Frota, o Zé Castelo Branco, e um violador de menores.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Barreira

Depois de ter ido pela enésima vez almoçar à cantina da Faculdade de Economia hoje reparei nesta placa numa saída do porque de estacionamento desta.



É só impressão minha ou há alguma coisa que não bate certo?

sábado, fevereiro 11, 2006

Os Cartoons

Alguns Muçulmanos (penso que uma minoria), a ala mais radical e extremista (e mais influenciável pelos seus líderes), estão mais uma vez a provar que são fanáticos, intolerantes, irascíveis, raivosos, pelo menos se pensarmos nestes que vemos nos noticiários, a berrar, a atirar pedras, a queimar bandeiras. É claro que, em boa verdade, essas também podiam ser imagens de mais uma demolição de barracas na Amadora, mas isso já é outra conversa.

Ainda pior do que ver as imagens nos distúrbios (os causados pelos Árabes) na televisão, é estar lá. Na televisão, só temos mesmo a imagem e o som. Quem lá está, expõe-se àquilo que de mais temível há numa multidão – o cheiro. Sinceramente, estando lá, não sei o que ia procurar primeiro, se a policia, se um desodorizante. Esse, sim, é o verdadeiro Deus de muita daquela gente, mais inatingível do que o profeta Maomé – a higiene pessoal.

Os Católicos seriam simplesmente incapazes de tais demonstrações de violência. Não há registo de nada assim, na história da igreja Católica. Pelo menos, depois do Santo Oficio.

Mesmo nós, Portugueses, podemos orgulhar-nos de termos dado, ao longo da nossa história, que começou alguns anos antes da “Escrava Isaura”, um valioso contributo para a pacífica coexistência de religiões no nosso país. Isto graças à nossa mentalidade aberta, ao respeito pelas ideias dos outros, e ao nosso temperamento brando, embora a Inquisição também tenha ajudado.

No que toca à fúria dos Muçulmanos, há um erro de casting. Os Nórdicos não têm culpa, não fizeram por mal. Niilistas por transmissão genética, é-lhes tão possível conceber o conceito de “sagrado”, como conseguir um bronzeado saudável, ou pronunciar a palavra “bacalhau”. Não há nada que coloquem acima deles próprios, a começar pela sexualidade, sua ou dos que os rodeiam.

E o pior ainda está para vir. O Islão vai contra-atacar com cartoons próprios. Eles vão desenhar coisas para chatear o resto do mundo. Já estou a imaginar: José a apanhar Maria na cama com dois homens, e a berrar, furioso “Muito bem! Qual de vocês é o Concepção e qual é o Maculada???”; Hitler, irado, a dizer aos seus generais “Não erra parra os matarr! Eu só querria umas alheirras!!!”; Buda, sentado na sua posição típica, em cima de uma retrete, a pensar “vai em paz, meu filho”. Mas mesmo assim, e não me incluindo a mim em nenhuma religião, duvido que algum destes povos reagisse de tal maneira extremista.

Enfim, vai ser difícil, temos de ser fortes. Ou pelo menos, se nos der a fúria, e quisermos mesmo queimar, berrar e partir, temos de nos lembrar de o fazer em sítios em que ninguém note, como a Amadora.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

A Tropa

Há algumas semanas atrás estava eu em casa e recebo uma carta a dar a notícia que no dia 7 de Fevereiro (ontem) teria de ir a Gaia, ao regimento de artilharia 5 na serra do Pilar, ao dia da defesa nacional, aquela coisa que o Paulo Portas inventou para dizer que já não há Serviço militar obrigatório, obrigando-nos a perder um dia para irmos a um conjunto de actividades chatas e sem interesse que supostamente nos aliciarão para a vida militar, ou seja, um dos dias mais inutilmente desperdiçados da minha vida até agora.

Eu lá fui, dava-me mais jeito ter ficado a estudar Análise Matemática, mas pensando bem assim arranjei uma boa desculpa para o bastante provável chumbo à cadeira.
Apesar do atraso da camioneta lá chegamos enfim ao quartel.
Primeira impressão: só gajos, aquilo ainda é pior que a FEUP… Porquê que as meninas não têm que ir? Eu tenho tantas aspirações de seguir carreira militar que uma bailarina clássica e fui… Pelo menos sempre dava para animar mais o dia…
Mas adiante, a primeira cerimónia a que assistimos foi o içar da bandeira, acabada esta mandaram-nos ir tomar o pequeno-almoço e depois deste lá fomos para uma palestra (leia-se seca) de onde saímos para visitar uma parte do quartel e ver algum do armamento usado pelo exército. À primeira vista a maioria daquelas armas pareciam relíquias da 2ª Guerra Mundial e da Guerra Colonial, e eram… mas também ainda são usadas pelos militares portugueses.
Hora do almoço – muita fome… fome que passou logo quando vimos o almoço. Sopas com aspecto de Nestum com algas moídas, ossos de coelho com batatas cozidas até a exaustão até ficarem com aspecto de puré. Nem o sumo de laranja se aproveitava. Depois de (não) ter comido aquilo tudo, que nem deu para encher o buraco de uma úlcera estomacal, salvou-me uma máquina de chocolates… um twix não é muito saudável mas deu para tirar o sabor daquilo que tinha acabado de ingerir. Felizmente resultou e não tive de vomitar o chão todo.
Depois mais uma palestra, sobre os cursos que se pode tirar nos vários ramos militares (Forças armadas, Marinha e Exército). Parecia uma reunião de tamparueres onde nos tentaram impingir uma carreira militar.
A seguir a isto lanche e mais uma vez a refeição era coisa boa... umas bolachinhas (que pelo aspecto fizeram anos recentemente) e um yogurte de banana.
E pronto, lá arrearam a bandeira e fomos todos para casa… assim se passou um dia, sem fazer nada de útil para o meu futuro, mas pronto... até à próxima senhores tenentes.

P.S. Apesar de tudo o dia de ontem melhorou a imagem que eu tinha das forças armadas… mas qualquer coisa em comparação com a “1ª Companhia” é bom.

sábado, fevereiro 04, 2006

Este manto branco!

O nevão do fim-de-semana passado foi coisa bonita de se ver. À primeira vista, podia parecer um simples fenómeno meteorológico. À segunda e terceira também. Mas é aí que entra o Português, com a sua capacidade de romancear o trivial a roçar o budismo.
- É molhada…é fria…
- Pois, mas é branquinha!

Nem Moisés teve um povo assim. Impostos, desemprego, inflação, tudo isso se esquece, desde que haja uma vitória desportiva, política, ou desde que esteja frio o suficiente para que a odiosa chuva fique um pouco mais sólida, e caia aos floquinhos.

Manchetes de jornais berravam “Sul do país não está preparado para nevões!!!”. Isto é trágico! Em que é que esta gente anda a pensar? Ainda há 52 anos nevou em Lisboa!

Eu, por acaso, estou preparado. Tenho um trenó mesmo ao pé da porta, pronto para estes casos. E ao lado deste, uma prancha de Surf, para quando for à Serra da Estrela. Nunca se sabe.
Ainda bem que há quem chame a atenção para estes problemas. Eu proponho já como prioridade Nacional a construção de um teleférico sobre a cidade de Lisboa. A partir da OTA. E logo a seguir, um guarda-roupa novo para o professor Cavaco Silva.

Infelizmente a neve só caiu durante umas horas, e portanto, não deu para que o governo decretasse o estado de calamidade. A única esperança é que os D'zrt se decidam a ir lá dar um concerto.

Mas as maiores vitimas foram, sem dúvida, os habitantes dos subúrbios de Lisboa. Deve ter sido grande a sua alegria, ao ver as ruas das suas localidades cobertas (e, mais importante, escondidas) por um branco e virginal manto de neve. Só equiparada à desilusão de o ver a esbater-se, com a merda da paisagem de sempre a vir ao de cima.

Foi um Domingo mágico! Muita gente tirou fotografias, brincou com a neve (a que conseguiu agarrar antes de cair no chão e derreter), presenciou algo de muito raro, mas acima de tudo, esqueceu que no dia seguinte seria segunda-feira. Isso sim, é milagre!

sábado, janeiro 28, 2006

Presidenciais

Uma jornalista durante um directo, no dia das presidenciais, disse que as eleições decorriam na normalidade, excepto num ou noutro caso. E depois descreveu um desses casos. Uma povoação do interior norte, onde os locais enfrentavam a GNR com paus e sacholas para garantir o boicote ao acto eleitoral. Ora aí está a resposta ao choque tecnológico, à contenção económica a todo o custo e à conversa oca dos políticos: uma sachola.

Adoro este país quando ele, uma vez por outra que seja, sai da sua modorra e se agita. É boçal, eu sei. Mas pior que boçalidade é a indiferença. Enfim, um pensamento que me introduz ao tema de hoje, de ontem e de amanhã, as presidenciais.

Pois é, lá conseguimos eleger mais um presidente da república, e tal como com uma prima de um amigo meu, foi logo à primeira!

Foram várias as semanas em que estas eleições nos ocuparam a televisão, a imprensa escrita, e a cabeça, como se de mais uma telenovela da Globo se tratasse – “Mário, Francisco e Manuel detestam Aníbal, mas a direita o adora…quem será que vai conquistar a presidência? E quem é esse não-sei-do-quê Pereira que anda sempre de cachecol vermelho? A seguir cenas do próximo episódio…” – isto já para não falar dos antecedentes meses jogados a tabus de fazer inveja aos três pastorinhos.

Foram também várias as ocorrências (desculpem-me o termo de policia dos subúrbios) em mais estas presidenciais, que são sempre uma roda-viva, mesmo com candidatos a poucos anos de uma algália.
Speaking of which, Mário Soares voltou a levar na cara, e não foi só daquele veterano de guerra, ele próprio a merecer uns sopapos, quanto mais não seja por andar na rua com jornais como “O crime”.
Também Manuel Alegre, que se fartou de esconder o nariz na sombra, veio “molhar a sopa”. Mas com quem Mário Soares deve estar mesmo aborrecido é com a pessoa que escolheu a sua imagem para aquela ideia do “mp3”. Bem, do mal, o menos. Não deu para o eleger, mas se por acaso Filipe La Féria viu os cartazes, Mário Soares ainda poderá ter uma carreira no teatro.

O Alegre também ficaria bem como presidente. Tem postura. Tem grandiloquência. Tem uma barba (imagino a inveja dos outros candidatos). Tem porte. Tem uma caçadeira. Tem tudo. Excepto a maioria dos votos.

Jerónimo conseguiu o grande feito de conseguir chegar ao dia das eleições sem ter de consultar um otorrino. Está mais calmo, mais controlado, com maior capacidade de exteriorizar aquilo que pretende fazer passar por ideias. Parece quase um político.

Louçã, mais uma vez, foi o grande paladino das causas perdidas. A sua mensagem é interessada, infraestrutural e cívica, mas como quem vota ainda são os Portugueses…

Que escolheram para seu presidente o homem que faz Ramalho Eanes parecer o apresentador do “Big show SIC”. Firme e hirto, de convicções fortes, sejam lá elas quais forem, até na hora de se sentar no tejadilho do carro. O homem que provou que todo o Português pode ser presidente da republica, mesmo que se chame Aníbal. E começou bem. Logo na noite de vitória, deixou-se filmar a janela de sua casa (vá lá, não era a da casa de banho), e nós todos à espera que ele falasse em directo do confessionário com a Manuela Moura Guedes – “A casa do Aníbal”!!!

Sobra Garcia Pereira (aquele do cachecol), deve ter em mim a primeira pessoa a dedicar-lhe um parágrafo inteiro mas falo dele pois acho que se deve dar espaço a todos. Por isso, parabéns Garcia pelo teu corte de cabelo simétrico e aprumado. Pronto, já falei.



Até ao final do Obikwellano governo de Santana Lopes, todos julgávamos ser meramente simbólica a figura de um presidente da república de Portugal. De repente, com a dissolução levada a cabo por Jorge Sampaio, todos ficámos a saber que um presidente não serve só para cortar umas fitas, embirrar com uns decretos mais ou menos escolhidos aleatoriamente e fazer umas visitas a centros de saúde. Tem também poderes para além do de conseguir ser fotografado ao lado do Bono.

Mas todos nós, nascidos em famílias tradicionais Portuguesas, sabemos bem quem verdadeiramente manda no nosso país. Não é o primeiro-ministro, nem o Presidente da Republica. São as mães deles, essa é que é essa!

“Então, filho, já decidiste?...O quê??? Nem penses! Disseste que não ias subir os impostos, agora não sobes! O meu filho não é mentiroso! “
“Mas ó mãe, a política é mesmo assim…”
“Pois, e quem é que atura o Sr. Manuel da Mercearia, amanhã?”
“Ó mãe, caramba…”
“Já disse!”
(suspiro)
“E não te atrases hoje, aí nessa coisa do orçamento do não-sei-quê, que já pus a sopa a ferver…”


E agora preparem-se que esse thriller que se chama “Portugal” segue dentro de momentos.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Discotecas

Nisto das discotecas o problema começa logo na entrada...
Eu acho que algumas discotecas deviam ter à porta aquelas placas que se costumam ver nas vivendas a dizer “Cuidado com o cão!” mas aqui era mais: “Cuidado com o porteiro!” É que eles são uns autênticos rottweilers... pois até estão sempre vestidos de preto e são ferozes, ou então estão sempre de luto que é para mostrar a sua habitual cara de enterro, ou ainda para quando a policia nos perguntar quantos nos bateram, nos dizermos: ”Não sei não os conseguia ver na noite, estava tudo tão escuro!...” ou então é porque… (se calhar já chega).
Ok, mas lá se entra... ou na discoteca, ou na ambulância do INEM!

Vem então a abertura de pista, alguns DJ’s ainda insistem em abrir com sirenes, que às vezes aparecem também durante a noite! Quando o José Rodrigues dos Santos vai a estas discotecas e ouve as tais sirenes, logo de seguida ele põe os braços no ar e começa a gritar: “Estão a tocar sirenes em Bagdad, estão a tocar sirenes em Bagdad... Carlos Fino!!!...”

Os que frequentam a pista a noite toda são também um desastre, ou é aqueles que vão para cima das colunas dançar e é do tipo: Três cervejas e já pensam que são a Madonna! Ou são os que insistem em tentar conversar mesmo no meio da zona de dança... mas como é óbvio não se ouve nada!... Eles têm que falar tão perto do nosso ouvido que nós, por um lado, temos que gramar toda a noite com o hálito a álcool, e por outro, somos obrigados a dizer sempre, “pois”, e a abanar com a cabeça, já que não estamos a perceber nada, mas dizemos sempre que sim! Isto é especialmente perigoso para as miúdas, é que vai de modas e já ele está a propor-lhe uma voltinha no carro e uma outra série de coisas, do tipo: “Mamas-me no zezinho?”... E elas:... “Pois!”...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Ano Novo

Já cá estamos nós no ano 2006, ou como diria um notável arquitecto, tão conhecido pelos seus vídeos caseiros como pelos seus balneários a céu aberto, estamos todos lá dentro.

Agora que já passou a época de festas vamos lá fazer uma previsão para este ano: grandes dificuldades.
Desde logo, dificuldades económicas. Se as coisas continuarem a piorar, ainda vamos ter de recorrer à venda de património Nacional – a torre de Belém, o palácio da pena, a caspa do maestro Vitorino de Almeida, o cachecol do Garcia Pereira.

O cenário político também não vai ser fácil. Com Cavaco em Belém (ainda haverá esperança do contrário?), José Sócrates vai ter um homem a encostá-lo à parede, o que, pelo menos à primeira vista, não deve ser nada agradável, principalmente com o péssimo gosto que o professor tem para gravatas. Vamos ter crispação, rigidez e autoritarismo. Agora em Stereo.

Para além de tudo isto, prevêem-se dificuldades várias: A seca continua a ter os seus efeitos, principalmente em Trás-os-Montes, onde apesar de tudo, valha-lhes isso, o único líquido que costuma fazer falta é o tintol; acabou-se mais um reality show televisivo, o que só pode querer dizer que vêm aí mais, se calhar (e se possível!) piores; Os UHF ainda não anunciaram o final de carreira.

Enfim, é difícil, mas podia ser pior, para um país que em menos de 500 anos passou de dividir o mundo com Espanha para dividir a sua própria energia. Sempre nos resta a consolação que o Hugo Leal andou a comer a Ana Obregon. Mesmo sendo ela a Elsa Raposo lá do sitio.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Hi5

Mais uma coisa para juntar à categoria de inutilidades da internet.

"TAZ MUITO JIRA NESTA FOTO PARESES 1BOMECA MUITO FOFA MUITO OBRIGADO TERES ACEITO SER MINHA AMIGA XAU BEIJOKAS" in hi5

Quando sou confrontado com tais espancamentos à língua portuguesa, dignos de a por em coma por alguns tempos, confesso que morro um pouco por dentro.

P.S. Ela não era assim tão gira.

terça-feira, janeiro 10, 2006

O Povo Escolhido

Todos sabemos que há um povo escolhido: nem mais nem menos que os nossos amigos Judeus: narigudos, forretas, capitalistas e orgulhosos. Mas serão mesmo eles o povo escolhido? Porquê? Por quem? Porque não nós?

Pronto, está bem, eles sofreram.

Eles construíram pirâmides, sem direito a férias, nem 13º.

Eles andaram às voltas durante quarenta anos por um deserto, onde, como se imagina, não havia muita gente a quem vender ourivesaria, ou artigos de electrónica.

Eles atravessaram o Mar Vermelho, sem sequer saberem o horário das marés.

Eles tiveram um dos seus eternos líderes interpretado no grande ecrã por Charlton Heston, uma das poucas pessoas capazes de roubar o rótulo “coirão” a Chuck Norris. Nem sequer vamos falar da história mais recente, porque me parece de extremo mau gosto que a palavra “Auschwitz” apareça neste blog (oh que caraças, o que eu fui fazer!!!).

Eles perderam parte da pilinha.

Eles sofreram.

Mas eles agora são o aliado nº1 dos EUA. Até têm a mesma política externa, musicada pelos Cure, em “Killing an Arab”. Nós, o máximo que conseguimos fazer, foi pôr o Durão Barroso (parte da sombra da mão dele, para ser mais preciso) na mesma fotografia que o Bush.

Eles são de todo o mundo. Há Judeus Americanos, Judeus Italianos, Judeus Franceses. São finos, ou pelo menos, internacionais. Nós só temos os Portugueses Portugueses. Mal passamos a fronteira, pumba! “Emigrantes”!

Eles têm a Mossad, uma das melhores forças secretas do mundo. Nós temos a redacção da TVI.

Eles têm a Estrela de David, nós temos o artesanato das Caldas.

Eles têm o menorah, nós temos o bibelot.

Eles têm a Anne Frank, nós temos a Catarina Tallon.

Eles têm o Einstein, nós temos o Tino de Rans.

E nós também sofremos muito!

Que espécie de moral pode ter o povo de um país que já dividiu o mundo, e que agora vê o mundo a dividí-lo? Como é que, em pouco mais de quinhentos anos, passámos de Tordesilhas para Badamecos?

Nós não temos líderes que fiquem connosco até ao fim (o Mário Soares não conta), que nos guiem pelo deserto, e nos impeçam de meter água. Se Moisés fosse Português, à primeira chicotada, tinha fugido para Bruxelas!

Nós podemos não andar vestidos à cigano, e ter aquelas tranças a cair pelas orelhas abaixo, mas sempre temos o tuning, a meia branca e o bigode.

Nós não fomos exterminados pelos Nazis, mas... não, nada.

Nós também sofremos, caramba!

O povo escolhido devíamos ser nós, os Portugueses! Nós é que precisamos de ajuda!
Deus, se realmente existes, dá-nos um Moisés que mastigue de boca fechada, dá-nos os 10 mandamentos (por acaso, eu punha-lhes mais 2: “não verás reality shows” e “não votarás PND”)!

Salva-nos!!!

domingo, janeiro 08, 2006

Exame à Próstata

Uma das coisas que mais me chateia é ter, dentro de cerca de 20 anos, que ir fazer o exame à próstata.
Livra... temo que o médico seja já velhote e tenha os dedos muito grossos... ou então que na adolescência tenha trabalhado na construção civil e não usado Nívea na mãos para amaciar. Aí nem as luvas de borracha me safam!...

Acho que o autor desta técnica de ‘apalpação’ foi uma mulher, para se vingar do marido.
Bem... não consta que a senhora fosse casada com o Tomás Taveira, tudo bem... mas é no mínimo estranho, pois desde que esta ‘insólita’ técnica [toque rectal] foi criada, nada mais se avançou para a melhorar ou realizar de outra forma!
Quem é que me convence que existindo há anos a TAC, a ecografia, a ressonância magnética e outras... tenhamos que [em pleno século XXI] nos pôr de 4... e levar com dois dedos recto a cima sem pestanejar ou dizer que não, tipo o Castelo Branco!

Depois estamos ali e não vemos o que se passa... o que se pode tornar perigoso se o médico for malandro!...
-“Ohhh doutor... os seus dedos parecem estar ‘colados’... num só!”...
-“Ahhhhhhhhhhhh... relaxe... impressão suaaaaaa... uiiiii! Agora faça força nos rins enquanto eu dou-lhe umas palmadinhas no rabo para descontrair”...
Devia ser obrigatório ter-mos espelhos retrovisores à nossa frente, para vermos o que se passa... atrás de nós. Qualquer das maneiras, duvido que consigamos estar de olhos abertos durante a delicada operação!

Eu cá estou é a pensar casar com uma médica que assim estas coisas ficam em casa…

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Melancholic Ballad

Isto explica muita coisa...

Estou a imaginar o Zé Manel e os seus amigos a consumirem o produto mas quando chega à sua vez o dito produto já tinha acabado ao que este grita Please don't say that it's over Don't say that it's over or I won't know what to do.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Bonecada

Ora aqui está uma coisa sobre a qual eu nunca pensei vir a escrever: desenhos animados de alguns anos antes de eu nascer.

Além daquelas animações, vindas de países esquisitos, que o Vasco Granja apresentava o entretenimento girava à volta do Julio Isidro, do Natal dos hospitais e do Festival da Canção. Para a criançada (homens e mulheres de hoje) restava esperar pelos "bonecos"... mas estes sempre com uma toada trágica e repleta de personagens infelizes ou absolutamente deprimidas. Imagino o que aquelas crianças sofreram…

Heidi
É a história de uma menina de olhos esbugalhados, órfã, que vive isolada nos Alpes suíços com o avô. Se até aqui já parece deprimente mas ela só tem dois amigos, o Pedro e a Clara... menos mal! Não fosse o facto de esta amiga estar presa a uma cadeira de rodas.


Calimero
Esta série contava a história de Calimero, um pequeno pintainho preto, que na cabeça usa uma casca de ovo. O que torna este enredo empolgante é que o Calimero é a personagem mais triste e infeliz da história da animação. Nada lhe corre bem na vida, e reza a lenda que não pode viver sem Prozac!


Marco
O Marco é um rapaz que passa a vida a viajar pelo Mundo à procura da mãe! O jovem anda de porto em porto, com um macaquinho ao ombro, com um ar infeliz, a tocar realejo, a viver da misericórdia dos outros.


Candy Candy
Nesta série é contada a história de uma jovem órfã (para variar!) que abandona o orfanato para trabalhar como empregada doméstica! É uma vida de tristeza... já não bastava a menina ter nome de electrodoméstico, ser órfã, viver num orfanato no meio do nada, para terminar empregada numa casa de pessoas abastadas.


Jacky, o Urso de Tallac
O protagonista é um ursinho, Jacky, que vive nas montanhas da Serra Nevada, na Califórnia. Depois de a sua mãe ser morta (isto lembra-me algo), é adoptado por um indiozinho que se torna seu amigo.


Bana e Flapi
Bana é um pequeno esquilo que vive feliz numa quinta. Mas a sua felicidade não dura muito tempo, pois um terrível fogo destrói a sua casa, e Bana é separado da sua mãe, tendo de fugir para a floresta.


Conan, O Rapaz do Futuro
«Julho de 2008: III Guerra Mundial. A Humanidade foi enfrentada com a ameaça de extinção. Uma arma ultra-magnética destruiu metade do Mundo num só instante. A crosta terrestre foi agitada por movimentos maciços, a Terra foi desviada do seu eixo, e os cinco continentes foram completamente divididos e afundados nas profundezas do mar...
Um número de pessoas tentou fugir sem sucesso para o espaço. As suas naves foram forçadas a regressar à Terra, e desapareceram com as esperanças arrasadas.» DASSE!!!

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Novelas

A TVI nos últimos tem vindo a fazer novelas com nomes de músicas portuguesas.
Porque não aproveitam a obra desse grande marco do panorama musical português José Cid?
Ficava uma novela com este enredo:

No dia em que o rei D. Sebastião fez anos, caía neve em Nova Iorque e fazia sol no meu país. Esta era uma altura em que a quantidade de amor que um macaco nutria por uma banana, era a mesma que um rapaz poliglota nutria por uma rapariga, que para o jantar lhe fazia favas com chouriço numa cabana junto à praia cantado “Amore , amour, meine liebe, love of my life”



P.S. Isto de começar o ano a falar de novelas e Zé Cid não é nada... mas se fosse sobre politica, reality shows e Jet7 era pior... ops