O escudeiro do banco do leão, José Peseiro, caiu finalmente de seu burro abaixo e, na queda, arrastou consigo o seu Senhor. A analogia com a obra-prima, “Dom Quixote de La Mancha”, é grande. Dias da Cunha via gigantes, em vez de moinhos de vento, por todo o lado. Chamava-lhes “Sistema”. Com eles esgrimia uma luta digna de um nobre cavaleiro, mas punha quase todo o país a rir. Menos os sportinguistas, claro. Um nobre quixotesco suscita simpatia, admiração, mas nesta “Cosa Nostra” que é o futebol nacional, o que faz mais é papel de urso. E a um leão pede-se, acima de tudo que não faça papel de outro animal, ou seja, pede-se dignidade.
Por outro lado a Peseiro assenta na perfeição o papel de Sancho Pança. Pachorrento, espertalhuças e lambão, lá ia fazendo orelhas moucas à borrasca, apoiado pelo seu lunático Fidalgo, até se tornar absolutamente insuportável.
Soaram as trombetas no reino de Alvalade. Dom Dias de La Mancha e seu fiel escudeiro foram-se. Demorou até que acabasse a novela, aliás, tal como a grandiosa obra de Miguel de Cervantes, que é colossal em brilhantismo, mas também em tamanho. Surgiu novo cavaleiro. Soares Franco, de sua graça. Um cavaleiro de ar meio betinho, o que normalmente é bem visto por aquelas bandas. Para seu escudeiro foi buscar Paulo Bento, um bravo que até então treinava os potros nos arrabaldes e nas cavalariças. É muito novo. Aliás, julgo que ainda corre mais do que grande parte da equipa. E tenho a certeza que corre muito mais que o Polga. O que também não é muito difícil.
Tem carisma, embora use risco ao meio.
E tem uma estrelinha de sorte. O que se pode concluir do seu passado vencedor: campeão como jogador (Sporting), vencedor de várias taças (Sporting e Benfica), campeão como treinador nos juniores (Sporting).
E a prova final disso é o empate de ontem, já depois da hora. Com Peseiro, um golo depois da hora seria sempre, para o adversário (excepto Alkmaar).
Resta-me esperar para ver se o Sporting com este treinador vai de Bento em popa. E que o Júlio Isidro me desculpe por estar aqui a tentar usurpar o seu intocável título de Rei do Trocadilho Baratucho.
Por outro lado a Peseiro assenta na perfeição o papel de Sancho Pança. Pachorrento, espertalhuças e lambão, lá ia fazendo orelhas moucas à borrasca, apoiado pelo seu lunático Fidalgo, até se tornar absolutamente insuportável.
Soaram as trombetas no reino de Alvalade. Dom Dias de La Mancha e seu fiel escudeiro foram-se. Demorou até que acabasse a novela, aliás, tal como a grandiosa obra de Miguel de Cervantes, que é colossal em brilhantismo, mas também em tamanho. Surgiu novo cavaleiro. Soares Franco, de sua graça. Um cavaleiro de ar meio betinho, o que normalmente é bem visto por aquelas bandas. Para seu escudeiro foi buscar Paulo Bento, um bravo que até então treinava os potros nos arrabaldes e nas cavalariças. É muito novo. Aliás, julgo que ainda corre mais do que grande parte da equipa. E tenho a certeza que corre muito mais que o Polga. O que também não é muito difícil.
Tem carisma, embora use risco ao meio.
E tem uma estrelinha de sorte. O que se pode concluir do seu passado vencedor: campeão como jogador (Sporting), vencedor de várias taças (Sporting e Benfica), campeão como treinador nos juniores (Sporting).
E a prova final disso é o empate de ontem, já depois da hora. Com Peseiro, um golo depois da hora seria sempre, para o adversário (excepto Alkmaar).
Resta-me esperar para ver se o Sporting com este treinador vai de Bento em popa. E que o Júlio Isidro me desculpe por estar aqui a tentar usurpar o seu intocável título de Rei do Trocadilho Baratucho.
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