quarta-feira, janeiro 18, 2006

Ano Novo

Já cá estamos nós no ano 2006, ou como diria um notável arquitecto, tão conhecido pelos seus vídeos caseiros como pelos seus balneários a céu aberto, estamos todos lá dentro.

Agora que já passou a época de festas vamos lá fazer uma previsão para este ano: grandes dificuldades.
Desde logo, dificuldades económicas. Se as coisas continuarem a piorar, ainda vamos ter de recorrer à venda de património Nacional – a torre de Belém, o palácio da pena, a caspa do maestro Vitorino de Almeida, o cachecol do Garcia Pereira.

O cenário político também não vai ser fácil. Com Cavaco em Belém (ainda haverá esperança do contrário?), José Sócrates vai ter um homem a encostá-lo à parede, o que, pelo menos à primeira vista, não deve ser nada agradável, principalmente com o péssimo gosto que o professor tem para gravatas. Vamos ter crispação, rigidez e autoritarismo. Agora em Stereo.

Para além de tudo isto, prevêem-se dificuldades várias: A seca continua a ter os seus efeitos, principalmente em Trás-os-Montes, onde apesar de tudo, valha-lhes isso, o único líquido que costuma fazer falta é o tintol; acabou-se mais um reality show televisivo, o que só pode querer dizer que vêm aí mais, se calhar (e se possível!) piores; Os UHF ainda não anunciaram o final de carreira.

Enfim, é difícil, mas podia ser pior, para um país que em menos de 500 anos passou de dividir o mundo com Espanha para dividir a sua própria energia. Sempre nos resta a consolação que o Hugo Leal andou a comer a Ana Obregon. Mesmo sendo ela a Elsa Raposo lá do sitio.

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