quarta-feira, agosto 31, 2005

O Bom Gosto

Logo à partida, é altamente subjectivo.
Um Portuga pode preferir um sapato de pala, cujo pecado não é o ter custado 9,99 Euros, mas sim o estar acompanhado de uma lustrosa meia branca, outro pode defender que o verdadeiro bom gosto está no bibelot, exposto em cima da televisão.
O terço que cai de um retrovisor pode parecer muito bonito a um, mas outro pode achar que o colete reflector colocado no banco dianteiro já é adereço suficiente.
Bem como a meia desportiva branca com a raquete vermelha a acompanhar umas sandálias fazendo conjunto com um fato de treino roxo pode ser considerado o ideal para um passeio de domingo.
E nem todos concordam acerca de qual a musica “mais bonita” do Tony Carreira. Enfim, não é fácil…

O bom gosto impõe-se.
Cada um, como concluiu Bandura, é influenciado desde sempre pela sociedade em que está inserido. O que tem lógica, pelo menos, custa-me a crer que uma criança, ao nascer, escolha chamar-se Soraya, e prender o cabelito em puxinhos.
Assim como nenhuma criança nasce má, ninguém nasce com predilecção natural pela música (em sentido muito lato) do José Malhoa, pela política ou pelas telenovelas. Estas coisas ensinam-se, passam-se aos mais novos, impõem-se.

Mas a verdadeira tragédia está na sua transcendência. O bom gosto, em Portugal, é completamente inatingível, mais ainda do que Deus.
Como todos bem sabemos, na religião Católica seguimos uma política de Bem/Mal. Se o saldo, ao fim da vida, for favorável ao Bem o resultado liquido é o Céu, logo, Deus. É uma hipótese remota, mas existente.
Já no caso do bom gosto, nem essa luz ao fundo do túnel se vislumbra. O Português nem com a morte consegue atingir o bom gosto. Aliás, na maior parte das vezes, é mesmo quando morre que consegue distanciar-se ainda mais.
Começa logo pelo acto em si. Mal deixa de viver, vêm os eufemismos: O Português não morre – “Falece”. Para ele não há enterro – é o “funeral”.
Como se isto não bastasse, o seu nome é esparramado em jornais diários, entre o desporto e a programação televisiva. É, portanto, uma informação cujo nível de interesse está entre a última contratação da equipa de hóquei da Oliveirense, e o horário dos “Morangos com Açúcar”.
E se tiver o azar de ser uma pessoa conhecida, ainda é aplaudido no caminho para o fundo.

A mensagem de esperança é fátua. Esforçarmo-nos por atingir a perfeição? Não! Exactamente o contrário! Esforçarmo-nos o menos possível! Pois se quanto mais nos esforçamos, pior é…

terça-feira, agosto 30, 2005

Viagens de Autocarro

Agora, com o Metro cá em Matosinhos praticamente não tenho realizado uma das experiências mais radicais que temos oportunidade de viver no dia-a-dia – Andar de Autocarro


- Andar de autocarro? Experiência radical? – Perguntam vocês.
- (…)
- Pois, então, atentem nos seguintes aspectos e vejam se depois não partilham a minha ideia.

A surpresa: O factor surpresa é, provavelmente, um dos mais importantes nas viagens de autocarro. Nunca sabemos a que horas passa um autocarro nem se vem a abarrotar até à porta ou se virá vazio. E lá estamos nós na paragem fustigada pelo vento e pela chuva ou então abrasada pelo sol, a olhar para o horário dos transportes e a tentar perceber porque é que, se no horário há indicação de um autocarro que passa às 8h00, são 8h45 e nós ainda estamos ali. Entretanto, distraímo-nos da questão, viramos costas para ver uma montra ou um cãozinho que passa e, zás! Lá vai o autocarro rápida e desenfreadamente... e nós continuamos ali.

A emoção, a ansiedade: Quando finalmente conseguimos apanhar um autocarro há dois cenários possíveis: ou este vai cheio até à porta ou está praticamente vazio - com meia dúzia de pessoas de aspecto nada recomendável.Se o autocarro for cheio, primeiro há que tentar passar por entre as pessoas até conseguir validar o bilhete. Depois de cerca de 327 pisadelas, 7 cotovelos enfiados no estômago e 4 puxadelas de cabelo lá conseguimos "picar" a senha. Em seguida, e com o cuidado de pôr em prática algum do civismo que possuímos, tentamos avançar até ao meio do autocarro para não ficar a obstruir a porta... Má ideia! Acreditem que passar por entre senhoras com 1 m de envergadura que se plantam no meio do corredor central com as pernas abertas para se equilibrarem, adolescentes que abanam freneticamente a cabeça ao som de Rammstein, jovens raparigas que tentam a todo o custo que não lhes toquem nem num fio de cabelo e putos barulhentos e irrequietos é uma tarefa do mais emocionante que pode haver.Se o autocarro for vazio sentamo-nos num dos lugares perto da porta, talvez o segundo ou terceiro que encontremos. Eis senão quando entra uma senhora de idade avançada com 4 ou 5 sacos de compras na mão e que, com uma imensidão de lugares à sua disposição, vai querer sentar-se exactamente no lugar em que estamos. Depois de duas ou três tentativas para convencer a senhora a "desamparar a loja" lá temos de lhe ceder o lugar e ouvir coisas como "Esta juventude está perdida..." ou "Anda aqui uma mulher a trabalhar...".

Pura adrenalina: Como qualquer desporto radical que se preze a viagem de autocarro tem de disparar a produção de adrenalina. E é o que acontece! Senão, vejamos.O motorista arranca da paragem e, ainda estamos a tentar sair de perto da porta e já ele fez uma travagem brusca pois viu um gatinho a tentar atravessar a rua e, como está bem-disposto, até vai parar. Isto dá direito a uma nódoa negra no braço que embateu violentamente na frente do autocarro. Quando já estamos bem seguros a um apoio no corredor do autocarro, começam as curvas e contracurvas. E lá vamos nós a balançar: ora pisa a senhora que vai ao nosso lado e olha para nós como se nos fosse matar, ora dá uma cabeçada ao senhor que vai mais atrás e que cheira a cerveja, ora leva com a mochila de uma miúda nas pernas, ora caem em cima de nós 2 ou 3 senhoras que não tiveram tempo de se segurar. Depois, mais uma travagem brusca - por causa de um carro que vinha da direita e não tinha nada que se meter - e lá vamos todos: cabeça e tronco para a frente, pernitas para trás. A seguir, uma aceleradela brusca e desta feita cabeças e troncos para trás e pernitas para a frente, todos coordenados. Um autêntico bailado, um Lago dos Cisnes contemporâneo e em movimento... coisa má’linda!!

O aroma: Geralmente, os desportos radicais são praticados ao ar livre e podemos sentir o aroma da Natureza. No autocarro também... podemos sentir o aroma da natureza humana.É em viagens matinais que se percebe a quantidade de pessoas que não lavam os dentes quando estas bocejam e espalham pelo ar já saturado do transporte o cheiro à cebola da salada do último jantar. Nas viagens de fim do dia os hálitos já estão salpicados de cerveja, toucinho e café e somos ainda surpreendidos pelo cheiro a suor e a pés que já fizeram muitos quilómetros – o chamado chulé.

Como vêem, andar de autocarro é puramente radical...

Inauguração

Hoje, que faz um ano que me meti nestas coisas da blogosfera, inauguro oficialmente este blog.
Aqui vou continuar com o estilo de posts do outro Postas de Pescada mas talvez também venha a escrever sobre assuntos mais sérios mas com o tempo isso se verá.

Adicionei uma selecção de posts do antigo blog que achei interessante manter para a posterioridade.

P.S. Se algum responsável da Gelpeixe estiver a ler isto eu aceito contribuições financeiras por estar a fazer publicidade com aquela caixa lá em cima.
P.S. 2 Também estou aberto a propostas da Grupo-Gel, Pescanova, Iglo ou qualquer outra empresa do ramo.


quarta-feira, agosto 03, 2005

Agosto de 2005

Preces

Mesmo quem acredita em Deus, deve ter o bom senso de conceber a criação do ser humano como uma cedência de liberdade por parte dEle, liberdade que nós utilizamos sob nossa própria conta e risco, a não ser na Cova da Moura, onde temos direito a assistência policial.

Toda a gente que é crente (até rimou!) invoca Deus, implora a Sua ajuda, independentemente do que está em causa.
“Deus, faz com que a minha equipa ganhe”
“Deus, faz com que seja eu o escolhido para este trabalho”
“Deus, faz com que ela não descubra! Prometo que não se repete, pelo menos não na nossa cama”
“Deus, faz com que o Alberto João Jardim expluda!”
Somos todos iguais perante Deus! Sim, até mesmo a(o) filha(o) do Néné!

Porque é que Ele havia de beneficiar alguém em prejuízo de outrem, meus filhos?
Como é que Deus se decide entre os pedidos do Peseiro e do Koeman? “hmm… talvez este que é tão esforçado, ultrapassou tantas dificuldades, entre as quais olhar para aquele monumental balneário de piscina… (nota mental: lixar o Tomás Taveira – não há livre arbítrio que explique aquilo)”.
Ou entre os pedidos do Cavaco e do Soares? ”Bem este é mais velho, se perder ainda tem um AVC…mas isso, no final, até acabava por ser bom…”.

Se Deus quisesse intervir nos nossos destinos, será que ele não escolheria causas mais nobres do que um resultado desportivo ou politico? Eu lembro-me logo de umas 10! A saber:

- Acabar com a fome, a miséria, e as guerras, em todo o mundo
- Acabar com os discos da Britney Spears
- Restituir algumas células cerebrais a espectadores de reality shows
- Atribuir aos participantes dos mesmos algum dom especial, nem fosse o de mastigar de boca fechada
- Legalizar os casamentos entre homossexuais em Portugal, ou então transformar o Bairro Alto numa província Espanhola.
- Censurar tudo onde entrem os D’zrt.
- Extraditar o João Kléber para o Brasil.
- Arranjar para os Portugueses um novo ícone, que substitua o Mourinho.
- Atingir com uma pequena descarga eléctrica quem comece as frases por “isto é assim”, “tipo” ou se despeça com o maravilhoso “Fica bem!”
- Destruir por completo o computador/telemóvel de quem envia e-mails/SMS’s em cadeia.


P.S. Este blog estará encerrado nas próximas semanas para descanso do pessoal, fiquem bem... autch!

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Pré-Época (II)

No Algarve, o Miguel parecia o Petit fartou-se de dar porrada e nem um amarelo viu!
Segundo dizem, o Miguel deu uma cabeçada num fotógrafo. Ou seja, desmentiu todos aqueles que achavam que o jogo aéreo não era o seu forte…
Mas, ao que parece, o fotografo também respondeu, pelo menos o Miguel ficou todo negro…
No jogo amigável entre o Estoril e o Benfica os encarnados ganharam com um auto golo do estorilista Buba. O Koeman ficou muito contente com este. Pelo golo e por ter mostrado ao Nuno Gomes o que é que ele deve fazer.
Consta que o treinador do ÉssÉleBê ficou chateado com o atraso na construção do centro de estágio do Benfica. O centro de estágio sofreu um considerável atraso porque a pedra lançada por Vale e Azevedo teve de ser devolvida aos donos.
O Benfica hipotecou os passes de alguns jogadores, para pagar uma dívida à Somague. Entre eles, os passes do Fyssas, do Dos Santos e do Carlitos. Ou seja: devia 19,3 milhões de euros, agora deve 22,4!

Em termos de FêCêPê, o Co Adriaanse não levou o Jorge Costa ao torneio de Amesterdão. Isto é, sem dúvida, uma prova de grande patriotismo do treinador holandês que estava a pensar na saúde dos seus compatriotas.
O Jorge Costa lançou um livro! Se for tão bom a lançar livros como a lançar braçadeiras, há-de ir longe. Pelo menos, quando lançou a braçadeira para o chão foi até à Inglaterra!
Já o Costinha deu uma entrevista à revista “Sábado”. É uma revista curiosa, porque apesar de se chamar Sábado, sai à sexta. Aliás, como o Costinha, que também saía à sexta e por isso é que ao Sábado não jogava nada.
Luís Fabiano finalmente começou amostrar alguma capacidade para o ataque e disse que em Portugal “é só chutão e empurrão”. Realmente foi só o que ele andou a fazer enquanto cá esteve, mas tem desculpa em ter esta visão deturpada do futebol português (esqueceu-se da corrupção, mas isso para os brasileiros é normal) porque jogava com o Jorge Costa.

A nível de lagartagem, calhou-lhes a Udinese na pré eliminatória da Liga dos Campeões. Ou seja, o Sporting vai ter uma magnífica segunda oportunidade para conquistar a Taça UEFA. Quem sabe se este ano, chegando à final, não poderão actuar num estádio em que o público seja menos hostil e goste um bocadinho mais do Peseiro…

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Hoje Entra Agosto*

“ (…) dia 1 de Agosto E tudo em mim é um fogo posto” (Xutos & Pontapés – 1º de Agosto)

Pois é, hoje começa Agosto, o mês para o qual o tuga passa todos os restantes a trabalhar, ou a fingir que o faz (não me refiro só à função pública). Sonha com as areias finas de uma praia tropical, embora tendo de se contentar com Matosinhos ou a Quarteira. Anseia pelos dias de papo para o ar, em que as únicas preocupações são a posição do sol, e o conteúdo das sandes. Está tão ansioso pelas férias, que quase tem saudades dos emigrantes e daquelas reportagens televisivas em que um básico representante da GNR explica em que é que consiste a enésima “Operação Verão”.

Até o deficit vai entrar em férias, se é que alguma vez chegou a fazer o seu trabalho, que seria o de assustar os Portugueses. Vai ser visto a passear por praias Algarvias, de tanga colorida, a dar chutos numa bola de volei, cuspir para o chão, a dizer “fosga-se!” e coçar os genitais.

Vamos todos olhar para trás.
“Chiça, que o tempo passa mesmo tão rápido! Quase que já nem me lembro do que aconteceu durante este ano…hã? o Santana quem?”

É claro que, assim como a partir do momento em que somos concebidos caminhamos para a morte, a partir do primeiro dia de férias, aproximamo-nos do regresso ao trabalho. Uma perspectiva tão animadora como as de Kafka, Sartre, ou Vítor Constâncio.

E há quem nem sequer vá para férias.
A imprensa desportiva apresenta diariamente bombásticas manchetes, que em criatividade só perdem para o tecto da Capela Sistina.
As televisões repetem tudo o que tenha ido para o ar depois dos tempos da peruca do Carlos do Carmo.
Isto já para não falar dos pobres coitados, que ainda são bastantes, para quem um período de férias é um luxo inconcebível – valha-lhes de consolo o estado a que chegou aquele que, caso contrário, seria o seu destino – o Algarve.

*Não vou fazer nenhum trocadilho de mau gosto a dizer que “hoje entra a gosto”.

Julho de 2005

Crise

Está uma crise muito grande para quem comercializa produtos alimentares. É o IVA que aumenta, é a seca que dá cabo das colheitas, e agora, como se não bastasse, o Rochemback está a fazer dieta.

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Cá Estão Eles!

Que significado terá o ter de se ir buscar políticos (quase) fora do activo há mais de uma década, para assumir os mais altos destinos da nação? Quererá isto significar que nestes últimos anos a política Portuguesa não viu surgir ninguém que sirva?

Como se sentirão as centenas de políticos, actualmente em funções em Portugal, com a convocatória de Mário Soares e de Cavaco Silva para o desafio de Belém? - para além de inchados, e acomodados, claro - Frustrados? Ofendidos? Ou, em bom Português, como a merda que são?
Uma coisa eu garanto: se o Badaró alguma vez voltar ao activo, eu desisto e emigro de vez!

O que é facto é que eles aí estão, o bochechas e o professor Aníbal! Um com mais pontos “Navigator” da TAP do que Deus-todo-poderoso; o outro, em tantos anos de treino diplomático, ainda não aprendeu a mastigar de boca fechada.
Não há dúvidas de que Mário Soares foi (é) um grande estadista, e com coragem para dizer coisas incómodas. Por outro lado, o termo de comparação é Jorge Sampaio…
Mas também o Sr. Engenheiro «Socras» seria muito beneficiado com a eleição do avô da democracia portuguesa - poderia virar-se para os 700 mil funcionários públicos e dizer-lhes: estão a ver como tenho razão? Querem vocês reformar-se aos 55 anos! Vejam o exemplo do nosso Presidente! O velhote tem mais de 80 anos e continua no activo!

Quanto ao professor, o que é que o move? O que é que um homem que assumidamente tem tanto de politico como aquele animal do Marco de Canaveses quer ir fazer para um cargo exclusivamente politico? Equilibrar o jogo de forças? Resgatar o PSD? Aprender a estar à mesa?

Giro era que o poeta Manuel Alegre se candidatasse mesmo e vencesse. E já agora, que os D’zrt fizessem alguma coisa com qualidade.

O que vale é que mais candidatos aparecerão. Alberto João Jardim, candidato do partido ecologista “os vermelhos”; Luis Campos e Cunha, pela segurança social; Freitas do Amaral, pela Al-Qaeda.

Ainda há esperança!

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Mais Bola: Pré-Época

Afinal o jogo de apresentação do Benfica no Estádio da Luz vai ser contra a Juventus e não contra a Roma, como estava anunciado. Ou seja, afinal o Miguel vai mesmo voltar à Catedral. É capaz é de ser com outra camisola.

O Benfica fez um jogo de apresentação com o Chelsea e perdeu. Era muito difícil ganhar, porque o Mourinho raramente perde e o Benfica raramente ganha. O golo foi do Ricardo Rocha. Não se pode considerar propriamente um auto-golo porque o Ricardo Rocha ainda não sabe bem se é ou não do Benfica.
O fantasma de Trapattoni ainda se faz sentir porque graças ao italiano eles jogaram com menos um avançado. Luís Filipe Vieira e José Veiga tinham prometido apresentar dois nomes de nível internacional, mas o Tomasson pirou-se para o Estugarda e o Toy estava rouco e teve que cancelar o concerto. Agora o Benfica vai ser obrigado a comprar um avançado começado por TOMAS porque as máquinas já tinham estampado estas letras em 30.000 camisolas.

Acho que o Tomasson preferiu o Estugarda ao Benfica, porque se formos a ver bem, em termos de quilómetros, Estugarda é mais perto da cidade natal do dinamarquês que Lisboa. Além disso, a equipa alemã está na Taça UEFA e o Benfica precisa de ficar em terceiro do grupo da Liga dos Campeões para ter hipóteses de ir à UEFA. Ele foi pelo mais seguro. Ele disse que optou pelo Estugarda porque tinha melhor feeling que em relação ao Benfica. Isso acho que até em relação a um rato morto se tem melhor feeling. Mas claro que a minha opinião pode estar influenciada pelo facto de eu não simpatizar com o clube.

José Mourinho esteve na luz e ainda estava chocado com o atentado em Londres e disse: Isto mostra como somos insignificantes. Mostra que se calhar não somos os super-homens divinos com poderes extraterrestres e imensa pinta que julgamos ser.

O Benfica também está a equacionar vender o nome do estádio da luz.
Aliás, soube em primeira mão qual o novo nome da Luz: Estádio da APAF.
Se o Sporting fizer a mesma coisa tem duas marcas de sanitários à bulha. Ou vai se chamar Estádio Valadares ou Arena Sanitana!

O Sporting tem uma política de contratações estranha, anda a contratar jogadores para o banco - Labarthe, Tonel, Luís Loureiro - O Peseiro devia estar a sentir-se lá sozinho e mandou comprar malta para lhe fazer companhia.

O Rochemback tem uma nova alcunha no balneário: é o Capitão Iglo. Com o que ele come, os colegas estiveram na dúvida entre Capitão Iglo, Major Findus ou Coronel Pescanova! Acabou por ficar Capitão Iglo porque o Rochemback tem, precisamente, a forma de um iglo.

No Porto Jorge Costa saltou de pára-quedas a 4.500 metros de altura. “É um sonho que eu tinha desde pequenino e que agora concretizei” – disse ele. Que pena ele em pequenino não ter sonhado que queria ser kamikaze.

Assim como o Sporting, o Porto também tem uma política de contratações estranha em vez de reforçar a equipa reforça a lista de dispensas. Eles lá no Dragão parecem uma gaja nas compras. Farta-se de comprar tralha que depois nunca chega a tirar do armário.

O primeiro chuto certeiro do FêCêPê foi dado no rabo do Léo Lima. (Pus «rabo» na frase para agora fazer um trocadilho com «rabo ao léu» e o post ficar com um colorido revisteiro). Esta dispensa afinal parece que não se deveu problemas disciplinares, mas sim, problemas físicos, que motivaram esta dispensa. Depois dos últimos treinos dados pelo holandês, o brasileiro apresentava sinas de uma rotura de esforço ao nível dos tímpanos.
Mas parece que a primeira e única vez que o Leo Lima correu no estágio do FCP foi mesmo quando o Adriaanse o pôs a andar dali para fora.

O novo Ronaldinho do Futebol Clube do Porto, Anderson voltou para o Brasil porque a FIFA proibiu a transferência pois os jogadores menores de dezoito anos não podem assistir ao Jorge Costa a falar.

A namorada de Pinto da Costa deu uma festa de despedida de solteira porque já pode casar com o presidente portista. Pois. Parece-me que a Carolina está a pressionar para renovar. Claro que Jorge Nuno ainda pode alegar que ainda está no período experimental.

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Paradoxo

Há um paradoxo que desafia toda e qualquer compreensão humana, uma verdade incontestável mas inexplicável, que há alguns anos desafia cientistas, psicólogos, psiquiatras, sociólogos, teólogos, etc., até a profissionais da credibilidade do professor Bamboo. Senhores e senhoras, essa criatura maravilhosa, o benfiquista* ateu!!!
Como é isto possível? Como é que alguém pode não acreditar em Deus (pai todo poderoso, omnipotente, entre outras), e acreditar no Benfica?

Não é difícil conceber um adepto do SLB. Aliás, a imagem vem imediatamente à cabeça – homem de meia idade, de cabeleira farta, escura e encrespada, bigode da mesma, com hálito a alho, tendência para falar ligeiramente acima do volume de uma turbina de avião, e empregado em sectores como a construção civil ou os transportes.
O Benfica, aparentemente, já ganhou muitos títulos (não posso garantir, porque sou muito novo), o seu (num sentido muito lato) estádio é impressionante, a camisola até não á feia (pelo menos quando comparada com os coletes reflectores), tudo razões de sobra (para além de substancias ilícitas) para que existam Benfiquistas.

Não é difícil conceber um crente em Deus.
O fascínio é quase irresistível – toda a gente fala Nele, nunca ninguém O viu.
Tem-se acesso indiscriminado a coisas verdadeiramente prodigiosas, como o reset espiritual (nada melhor, depois de uma semana em que roubámos, violámos e assassinámos um menor, e votámos Manuel Monteiro, do que uma confissão, para ficarmos outra vez a zeros!), a saudação da paz (tirando os casos em que estejamos entre o António Calvário e a Odete Santos), os feriados Nacionais…
Além disso, aos Domingos de manhã não dá nada de jeito na televisão.

Ou seja, um Benfiquista crente em Deus, isso percebe-se. Transita entre catedrais. Transita entre o além e o aquém. Nunca leu o que Hitler ou Marx escreveram sobre as massas (não vinha n’”A bola”, nem no “24 Horas”…)

Um bocadito mais difícil é explicar o ateu.
Que espécie de cretino é capaz de não acreditar em algo que nunca ninguém conseguiu provar? Onde é que estava esta gente, quando (há uns milhõezitos de anos) nos explicaram que os relâmpagos, as chuvas (e mais recentemente, o tsunami) eram obra de Deus? Quem é que lhes dá o direito de acreditar nas explicações lógicas e racionais que a porcaria da ciência arranja (qualquer dia ainda dizem que a Terra gira em torno do Sol)? Ai, inquisição, inquisição…
Mas também isto se aceita, da mesma maneira que tem de se aceitar um vegetariano, ou o Tino de Rans.

Chegámos, pois, a essa equação sem resolução, a esse mapa sem trilhos, fronteiras ou coordenadas, a esse Alberto João Jardim sem papada: o indivíduo que se recusa a acreditar em Deus, mas que segue o Benfica religiosamente.

Como é que o discernimento lhe assiste numa escolha, e o cega noutra? Qual é o fenómeno mental (já não digo a substância, porque essa, de facto, existe) que explica que uma pessoa tenha a liberdade e autonomia intelectuais para escolher não olhar para o céu, mas que não consiga resistir olhar para a relva? Que tipo de animal é esse que tem como mentores, lado a lado, Nietzsche e Luís Filipe Vieira?

O Benfiquista ateu figurará para sempre nos anais (ora cá está uma palavra tão em voga, no mundo artístico e da política!) da história, a par de outros mistérios insondáveis, como o triângulo das bermudas, o Santo Sudário, ou o sucesso do Toni Carreira.


*Foi escolhido o “benfiquista” apenas a título exemplificativo podendo ter sido utilizado um adepto fanático de qualquer outro clube.

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Euromilhões

É incrível como um dos países mais pequenos da Europa, com uma das populações menos numerosas, consegue ser o país em que mais gente procura o euro pote no fim do arco íris. Podemos não ter os melhores índices de produtividade e de crescimento económico, mas em fé e calculo de probabilidades, somos tão imbatíveis como os penteados do Toy.

Os outros países Europeus deviam saber em que é que se iam meter, ao juntarem-se a Portugal numa lotaria Europeia. Eles não sabem como é que têm sido os nossos últimos anos de governação? Eles não viram já a maneira como os Portugueses conduzem? Não terão percebido que nós somos um povo que se rege pela sorte?

E merecemo-la! Quanto mais não seja, pela nossa ingenuidade!
Adoro as respostas que o povão dá, quando se lhes pergunta o que faria com x milhões de Euros - “ah…arranjava a minha casita…”; “tirava a carta de mota”; “comia uma tosta mista…”, se isto não fosse tão idiota, era adorável.

O estado Português devia também começar a apostar no Euromilhões. Comparando com as necessidades do nosso país, o prémio pode não ser muita fruta, mas sempre dava para sustentar dois ou três ministros, pelo menos até o FC Porto ter um novo treinador.

Talvez até jogar em sociedade, como tanto se faz por aí. Dava uma notícia gira: “o prémio do euromilhões desta semana saiu a Portugal, e ao senhor José Ramos, de Aljustrel”.
O pior era se o estado fizesse como quase todos os totalistas do euromilhões, e desaparecesse. E daí, talvez nem se notasse a diferença…

Mas quanto a fé, ainda temos muito que aprender. Veja-se o exemplo desse Brasileiro que foi capaz de fazer uma peregrinação a Fátima, sempre de costas! Confesso que a ultima vez que me comovi assim com um Brasileiro a fazer coisas de costas, foi a ver um vídeo do Alexandre Frota.

Enfim, vou postando. A não ser que me saia o euromilhões…

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Mensagem ao Sôr Bin Laden

... sim, porque ele visita este blog.

Senhor Bin Laden (seu mauzão!), porque é que os Muçulmanos maus nos andam a fazer isto? Nós não lhes fizemos nada disto! Não os atingimos em arranha-céus, estações de comboios, ou metropolitanos. Se tirarmos umas dezenas de palácios presidenciais, o máximo que fizemos com os nossos bombardeamentos foi mexer umas pedras e umas covas, de um lado para o outro.
Pense bem antes de alguma vez atacar o nosso país. Sei bem que o nosso ex-ex-primeiro ministro, Durão Barroso, deu um empurrão para mais uma guerra que o Ocidente vos fez. Mas ele não fez isso em nosso nome, fê-lo para benefício próprio, como aliás tudo o que fez na sua carreira. Provavelmente terá feito muito mal ao mundo Árabe, mas acredite que nos fez pior a nós.
Temos cá muita coisa bonita (obviamente, já não estou a falar do senhor Barroso), muita paisagem, muitos monumentos. Mas também temos o estádio de Alvalade, a Wanda Stuart, a TVI. Já sofremos que chegue, não?
Além disso, não saímos a ganhar com nada disto. Antes pelo contrário, os nossos combustíveis estão cada vez mais caros!
Obviamente, tudo isto tem uma causa muito profunda, que qualquer pessoa mais informada é capaz de discernir: o senhor está com uma depressão.
Eu percebo. Vive encafuado numa zona do planeta que faz o Gerês parecer uma discoteca ao sábado à noite. Chefia homens que, como se percebe pelas metafóricas rajadas de metralhadora que tanto disparam para o ar, são rudes e mal formados. As noções de gosto e beleza do seu povo são de fazer arrepiar a nossa Ágata.
Era capaz de lhe recomendar umas férias nas nossas praias, mas o nosso povo é mais ou menos como o seu, com a desvantagem que o nosso não se tapa todo com túnicas. E como as coisas andam cá, se calhar o senhor ainda ficava mais deprimido…
Tente relaxar. Antes de planear o próximo atentado terrorista, tome um banho de imersão. Arranje uma "chaise longue" lá para a sua tenda, deite-se nela e fume o que sobrou dos nossos bombardeamentos no Afeganistão, enquanto vê reposições dos “Malucos do Riso”. Vai ver que quando der por ela, vai estar tão bem disposto e relaxado, que nem a Manuela Moura Guedes será capaz de o irritar.

Passe bem

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O cavalo Lusitano

«Há hoje nas sociedades cultas um tom geral de bom gosto, de ironia, de fino senso, que põem bem depressa no seu lugar os fanfarrões da sabedoria, do milhão ou do músculo.»
Eça de Queiroz, «Notas Contemporâneas»

Em Portugal, regra geral, quanto mais cavalos tem um motor mais cavalgadura é o tipo que vai ao volante. Muitos portugueses, quando entram para um carro, transformam-se em autênticos cavalos. Numa ânsia desaustinada de chegar primeiro à estrebaria e de passar à frente dos «burros» - que andam devagar só para os provocar e são a razão de o país não andar para a frente - perdem completamente as estribeiras. Ao contrário da «mesa» ou do «jogo», nada faz estalar tanto verniz como a rede rodoviária nacional.

Estes sôfregos equídeos de crânios oblongos e pouco inteligentes, que abancam as espáduas nos assentos dianteiros dos nossos popós, proliferam no panorama selecto da fauna portuguesa. Encontram-se aos molhos, aos magotes e às «resmas» por onde quer que se ande de carro. Hoje em dia é praticamente impossível viajar pelas estradas do nosso país sem nos cruzarmos com um destes exemplares quadrúpedes de quatro rodas.

Embora muito divulgada nos dias que correm, estas bestas endémicas nem sempre foram cavalos de corrida. Durante muito, muito tempo, andaram com a «viola metida no saco» na parte de trás das Macal Minarelli e SS Sach. Por vezes também se deslocavam na camioneta da fruta, bem acolchoada que era de banana Chiquita mais a gama completa de maçãs - desde a Starking à Reineta. A maior parte, essa, simplesmente não se deslocava. Não havia «carcanhol». Portugal era um país atrasado, com gente pobre de mentalidade simples e honesta. Sem posses para grandes devaneios, agarravam na Famel e iam para a tasca «laurear a pevide» por entre um copo de cerveja e um pires de tremoços. Reinavam os Carapaus-de-Corrida. Os famosos «Ó pá, tás armado em carapau-de-corrida, ou quê?», «Vê lá mas é se não queres levar uma solha!»

Mais tarde, aos Carapaus-de-Corrida, sucederam os Cavalos Lusitanos, seus primogénitos e legítimos descendentes, por linha recta.

Inserido numa Europa endinheirada, o país acercou-se das novas oportunidades que se avizinhavam e ultrapassou as suas fronteiras naturais. Com a entrada para a CEE e o advento do cavaquismo, Portugal, que era um dos países mais pobres da Europa, começou a amealhar riqueza. No bolso, outrora coçado e com farelos da parca merenda, começavam a entrar fundos estruturais e iam surgindo, a pouco e pouco, novas oportunidades que possibilitavam ao Carapau-de-Corrida adquirir os carros a crédito bonificado, a «leasing» e a prestações altamente favoráveis. Começava a haver dinheiro para isto e para aquilo e, mesmo que não houvesse, havia sempre a praga dos concursos a oferecer automóveis a torto e a direito. Mesmo quem não quisesse arriscava-se a ganhar um magnífico automóvel. Num ápice, a rede rodoviária do país vibrava num formigueiro inusitado de Unos, Visas, Super-Cincos, Corsas e tantos outros.

Só que em vez de pausada e vagarosa, como convinha, esta metamorfose de Carapau para Cavalo foi súbita e imprevisível: adormecendo aconchegado na sua latinha Bom Petisco, o nosso Carapau acordou desorientado, no meio de um estábulo, a defecar aglomerado de celulose metro e meio acima do solo. Como num filme de terror, as transformações foram abruptas e arrepiantes, com cascos a brotar do dorso escamoso enquanto o pescoço se esticava todo, todinho, até chegar ao alforge da palha. Nascia assim o Cavalo Lusitano. Garboso, de pelo escovado e crina ao sol, ele é o rei do asfalto.

Mas esta mudança repentina trouxe sequelas inesperadas. Ora - tal como o australopitecos viu o seu polegar tornar-se oponível - à modificação física seguiu-se a evolução do intelecto, que tinha agora de pensar o que fazer dos objectos apreendidos. No caso do Carapau-de-Corrida, à súbita evolução locomotora não correspondeu nenhuma evolução cerebral. Pelo contrário, o desfasamento entre a nova realidade física era acompanhado por uma mentalidade saloia e provinciana, que confundia o popó com a pilinha, como se este fosse o natural prolongamento da sua virilidade.

E estas bestas não são de carga. Não se pense nisso. Nem por muitas «comerciais» que selvaticamente conduzam. Hoje são, isso sim, de corrida. E correm. Não trotam. Galopam a bom galopar. E depois matam-se - pior, matam. Basta ver as estatísticas: por ano morrem (foram mortas ou «suicidaram-se») milhares de pessoas pessoas. De um numero quase incontável de acidentes sobrevivem estropiadas ou traumatizados para o resto da vida milhares de feridos graves. É simplesmente assustador. É escandaloso. Escabroso. É uma vergonha nacional!

Portugal é dos primeiros países do mundo em desastres de viação. É de Terceiro Mundo. Em Portugal andam criminosos à solta nas ruas! Essa é que é essa. Essa é que é a verdade. E não andam com «naifas» nem Magnuns nem Smith's & Wesson. Não. Andam com Bêemes e Alfas apontados às nossas cabeças. Às nossas famílias. Aos nossos filhos. São gente estúpida e assassina que mete o casco no acelerador e vai por aí fora como se a estrada fosse mais deles do que dos outros, pior, como se fosse tudo deles, só parando em cascos-de-rolha. Não respeitando nada nem ninguém, andam prego a fundo, de beiças ao vento, galgando indiscriminadamente sinais de Stop, traços contínuos e «rails» de protecção.

A sua proeminente e desenvolvida arcada supraciliar não os deixa ver que um carro é só um carro. Mesmo que se goste muito de carros. Um carro não é sinónimo de nada. Não reflecte posição social, não significa educação, não impõe respeito, não transmite sucesso (pois é!) e não serve para engatar ninguém. Pelo menos ninguém que valha a pena.

Enfim, é apenas um carro. Um microondas com rodas. Mesmo que seja o último modelo com ondas ainda mais micro que as anteriores. Não passa de um mero objecto.

O carro é um fim e não um meio. Para o Cavalo Lusitano, o carro está umbilicalmente ligado ao ego. Se a correia da ventoinha faz barulhos esquisitos, fica-se deprimido em casa com complexos de inferioridade. Se dá duzentos e trinta na auto-estrada, fica-se com a impressão que somos o James Bond, até ao momento em que se olha para as chuteiras penduradas no retrovisor. Come-se de boca aberta com a cabeça enfiada no arrozinho de grelos, mas se um pombo defecou no capot, vamos logo, com tremuras e suores frios, acudir com um paninho de camurça. Se os filhos choram e guincham, dizem logo que é fita. Se é o carro a fazer fita e não quer pegar, afirmam consternados que deve ser o alternador. Lançam-se raspadinhas pela janela fora sem qualquer espécie de pudor, mas, por outro lado, passam-se tardes inteiras de domingo a polir «tabliers» e a raspar as jantes (que são último modelo e de liga leve). A viatura (como galinaceamente gostam de dizer) é para acelerar e para se mostrar, e se não há muito para mostrar («praí» uma lata velha como um Carocha ou um Fiat 127) ou, se por modéstia ou comedimento não se mostra muito (como é apanágio de gente bem educada), não se vale nada. É assim.

Numa terra onde os costumes são brandos, é estranho verificar que ninguém abranda. Levando tudo à frente e vendo a vida a passar à frente dos olhos, assim se vai andando, estupidamente, a «duzentos à hora».

Citando António Manuel Ribeiro dos UHF:
«Agora, agora, agora, agora tu és um cavalo de corrida Agora, agora, agora, agora tu és um cavalo de corrida»

E assim se vai correndo, criminosamente, neste hipódromo à beira-mar plantado...

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Eles Andem Aí!

Fui ver o novo filme do Spielberg - War of the Worlds. Até gostei mas mais uma vez os Aliens invadiram a Terra mas só há imagens dos Estados Unidos.
Para quando um filme em que os ET's entrem em Portugal e destruam tudo, em especial a Assembleia da República?
Até a Estátua da Liberdade já deve estar farta de aparecer nestes filmes. Depois da sua participação no planeta dos macacos a Estátua disse "e se fossem chatear o Marquês de Pombal ou o Cristo Rei?"

Mas esta história que temos vizinhos intergaláticos que nos vêm visitar não me convence.
É certo que existem 140 biliões de galáxias cada uma com largas centenas de biliões de estrelas o que nos pode levar a pensar que há mais civilizações no Universo, se calhar até inteligentes (coisa que por cá...). Só que o vizinho mais próximo do nosso Sistema Solar encontra-se a uns miseros 4,3 anos luz (um saltinho em termos galáticos) não deixa de ser uma viagem com a duração de cerca de 25 mil anos.
Claro, é possível que haja alieníginas que viajem biliões de quilómetros durante milhares de anos para se divertirem a fazer circulos em campos de trigo ou para pregarem um susto dos diabos a um camionista que siga numa estrada isolada, ao fim e ao cabo eles também devem ter adolescentes, mas nada disto me parece provável.

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Opinion Makers

Hoje em dia, uma das coisas mais importantes, para além de dinheiro, saúde, é ter uma opinião.

Pode ser uma opinião que não chateie ninguém (tipo presidente da republica), ou uma que não deixe de chatear ninguém (tipo João Jardim ou Luís Delgado), mas tem de existir.

O problema é que uma opinião tem de ser fundamentada, ou será tão válida quanto o partido de Manuel Monteiro.
Isto implica um conhecimento aceitável da matéria em discussão, logo, disponibilidade e capacidade mentais para ler algo mais do que o “24 Horas”, ou as brochuras do Lidl. Felizmente, em Portugal, há quem as tenha. Os escassos noventa e oito por cento da população Portuguesa que não as têm, fazem recurso dessas figuras tão em voga nos dias de hoje – os opinion makers, em Português, formadores de opinião.

Um formador de opinião, é isso mesmo, uma pessoa que forma uma determinada opinião sobre algo. Tem competências, capacidade, e crédito para o fazer, com toda a legitimidade. Mas não faz mais do que isso – formar uma opinião. Não é uma verdade universal - não é como afirmar que o Abrunhosa devia arranjar um cantor – é um simples “acho que sim”/”acho que não”, “concordo/discordo”, ou voltando ao exemplo dado, “acho que o Abrunhosa é estrábico”.

Mas o opinion maker é essencial. O que seria do Einstein, se logo a seguir a ter chegado ao E=MC^2 ou à Teoria da Relatividade não estivesse lá alguém a dizer “isso é do caraças”? Quantas vezes teriamos ainda de ver o Vidas Reais na televisão, se ninguém tivesse opinião sobre aquilo?

Só não percebo como ainda ninguém se lembrou de explorar mais a fundo este ramo de actividade. Como é que num país em que já há tantos homens a fazer depilação, ainda não existe a venda de opiniões ao público? Quem não gostava de poder ir a uma loja comprar uma opinião sobre, por exemplo, a rede de esgotos do Marco de Canaveses?

“Lamento, mas essa opinião está esgotada. Temos uma parecida, que é sobre o Tino de Rans…”
“Hmm…não, obrigado, estava a pensar numa coisa mais evoluída…”
“O porco Alentejano?”
“Mais ainda”
“Hmm…diga-me uma coisa, está à procura de uma opinião do contra, ou a favor de algo?”
“Pois. É para usar num jantar com a família da minha mulher…”
“Então do contra! Sim senhor, tenho aqui uma coisa óptima, que é o pack Miguel Sousa Tavares. A família da sua mulher gosta do Santana Lopes?”
“Adora!”
“Então é esta mesmo!”

Mas falando de comentadores um nome salta logo à vista - Marcelo Rebelo de Sousa.
Ouvi-lo a opinar sobre tudo, desde as nossas taxas de juro, até à papada do Freitas do Amaral é como ir à missa. Pelo menos é o que de mais parecido há, na televisão Portuguesa, com a parte do sermão.

Logo à partida, uma pergunta: qual o calibre da arma que apontam à cabeça daquela desgraçada, para a conseguirem obrigar a estar ali, submissa, a dar deixas ao senhor padre… perdão Marcelo? Será chantagem? - “Ou isto ou os Batanetes!!”; deixá-la-ão, ao menos, comer umas hóstias?
A RTP devia ter a coragem de assumir a coisa a cem por cento. A cortina abria-se, e o entertainer aparecia isolado, sentado, com um placar publicitário atrás, género conferência de imprensa, usando um boné em que se lia “Salsichas Isidoro”, olhando a câmara de frente.
“Boa noite, Portugal, hoje vou falar sobre a nossa situação económica, o regime fiscal da Lapónia, e a melhor forma de conservar uma sopa de cação”
Ou então, se a estação estatal quisesse acompanhar os novos tempos podia apresentar os sermões num formato ainda mais ousado: Professor Marcelo ao vivo, em frente a duas mil pessoas que o interrompessem com palmas a cada vinte segundos, debitando opiniões básicas sobre os mais variados assuntos da nossa actualidade (o défice, os incêndios, a papada de Freitas do Amaral).

Não ponho em dúvida que Marcelo Rebelo de Sousa é um homem inteligente e eloquente, com uma cultura geral fora de série, que ainda por cima parece conseguir bronzear-se com facilidade. Mas que valor terão os seus juízos? É que ele não tem ninguém a corrigi-lo ou a contradizê-lo, e sozinho em campo, até o Fyssas deve parecer um craque…
Obviamente, o publico alvo de uma televisão generalista, e também algumas pessoas, preferem este formato, mais calmo e consensual, a bélicos debates, com os intervenientes a desmontarem-se mutuamente. Já eu, tenho de ser sincero, prefiro de longe um bitoque.

Treinadores de bancada, em Portugal, há aos pontapés, não têm é todos tempo de antena. Isso está reservado a alguns iluminados, como o professor Marcelo, o Gabriel Alves, o Tino de Rans…

Junho de 2005

As Novidades da Bola

Aquela malta do F.C. Porto não pára de contratar gente?! Assim este ano, o Estádio do Dragão vai estar sempre cheio. Basta que os jogadores do Porto que não forem convocados pelo Co se sentem na bancada. E o plantel tem tantos jogadores que o próximo que entrar vai ter de jogar com um 8 deitado nas costas. E se forem treinar para a praia as pessoas vão fugir a pensar que é um arrastão. E quando os jogadores do Porto... se calhar já chega.
Semana passada chegou mais um reforço de seu nome Anderson, o «novo Ronaldinho» de Junho (a qualquer momento deve estar a chegar o novo novo Anderson), um rapaz de 17 anos. Pergunto: obrigar um puto menor de idade a jogar naquela equipa do Porto não se qualifica como abuso de menores? Coitado do miúdo, pá.
Quem está na expectativa em relação ao Anderson é a malta do Dínamo de Moscovo. Se o puto for bom, daqui a três meses está lá. Na Europa do futebol, até já há quem se refira à equipa do Porto como o «Sputnik», porque neste momento, não passam de um satélite dos russos.
Se não tiver jeito para a bola sempre se pode dedicar a fazer rendas de bilros, pelo menos a ver pelo penteado para isso tem jeito.

O Sporting tem uma nova campanha para vender bilhetes de época. É um cartaz onde aparecem alguns jogadores com a legenda «Indomáveis». Está bem apanhado. É que eles são mesmo indomáveis. Como se viu durante esta época, nem pelo Peseiro se deixaram domar.

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, deu uma entrevista à RTPN(?), desta vez, ao contrário da ida à SIC Notícias, tinha sido convidado. A entrevista foi elucidativa. Fiquei a saber imensas coisas sobre a estratégia que o Sporting vai seguir nos próximos tempos. Luís Filipe Vieira anunciou que o Dias da Cunha vai em breve a uma reunião da Liga. Anunciou que o Sporting também vai estar contra o sorteio dos árbitros. E que o Hugo Viana e o Liedson não vão para o Benfica. Só não soube dizer se vem ou não um avançado para o Sporting. Impressionante! O Luís Filipe Vieira deve ser o sócio mais bem informado do Sporting e, que eu saiba, nem sequer pertence ao Conselho Leonino.

A Liga decidiu acabar com as nomeações, mas os árbitros recusam-se a aceitar o sorteio. E eu compreendo-os. Porque depois de tudo o que se soube nos últimos tempos e fazendo fé no ditado, é fácil concluir que os árbitros têm azar ao jogo... Sinceramente depois do que vi este ano não sou a favor do sorteio nem a favor das nomeações. Sou a favor do abate.

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RIP

A morte é sempre feia, vista de frente ou de trás. Viver pode ser lixado, mas ainda é a melhor maneira de se comer uns bons filetes de tamboril.

Admiro a ideia romântica de que a vida é apenas uma etapa na passagem para outro mundo, um mundo perfeito, sem fome, sem guerra, sem repartições de finanças, ou musica foleira, sem ser a Escandinávia - uma espécie de serviço publico, rumo à reforma. Nesta perspectiva, a morte não será o fim, a não ser para efeitos fiscais. Ou seja, ninguém acaba, o que é uma noção encantadora, se aplicada a nós e aos nossos, mas não tanto quando pensamos que podemos ter de levar com o Toy para todo o sempre.
Ainda há quem elabore mais, atribuindo ao ser humano uma alma que constantemente migra, de pessoa para pessoa, animal ou objecto, o que traz uma série de perguntas: há possibilidade de escolha? se sim, a quem me dirijo para reencarnar como gel de banho da Cármen Electra? se não, que animal hediondo morreu para reencarnar como Avelino Ferreira Torres?

Não consigo descortinar o conceito por detrás da forma como os portugueses se manifestam nos enterros de figuras publicas – aplaudindo – é por estas e por outras que muitas vezes se confunde, em Portugal, um espectáculo com um enterro – e nem sequer me estou a referir ao teatro de revista.
Porquê? Porque é que alguém decide aplaudir um enterro? Está a aplaudir o quê? A escolha do material? Se o caixão não fosse de um pinho tão bonito, apupava? “castanho cereja?! Uuuuuuuuuu!!!”
Se calhar, o aplauso é para os familiares. Sim, é a altura ideal para ser aplaudido, até apetece agradecer! – “obrigado, obrigado, voltem quando for a minha mãe, aí é que vai ser!”. Ou então, o aplauso é para o próprio que vai no caixão, a roer-se de vontade de o abrir para fazer uma vénia.

Muitas vezes a morte é representada como uma figura sinistra, esquálida, vestida de preto, o que ainda é capaz de intimidar quem nunca tenha visto o futebolista Petit. Mas por muito que tentemos dar uma silhueta humana à morte, esta não deixa de ser um fenómeno que está tão fora do nosso controle como a poluição do Rio Leça.
Podemos tentar adiá-la, atrasá-la, suavizá-la, mas há de haver sempre um dia em que temos de a encontrar, imponente, terrível, a jogar à bola e a fazer piqueniques.

Apesar de tudo, o Português deve ser o animal que menos se assusta com o conceito de morte. Porquê? porque esta chega sempre do futuro, e como é sabido, o Portuga é incapaz de planear seja o que for com mais de dois dias de antecedência. Valha-nos isso!

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Actualidades

Este post vai-me fazer sentir como o Professor Marcelo.
Só faltam os livros... mas isso vão à FNAC que há lá muita coisa.

Burros é o que os holandeses e os franceses não são. Começam a ficar fartos de andar a puxar a carroça europeia. Ainda por cima apercebendo-se que no veículo seguem párias desavergonhados como nós.
Se eu fosse francês e o meu chão estivesse a meter água há dois anos dificilmente eu iria mandar as minhas poupanças ao meu primo afastado português que tem o telhado a cair. E porquê? Porque eu sei que, o meu primo, apesar de precisar da minha ajuda, é maluco e estoira o dinheiro em festas, estádios, carros de alta cilindrada e, no fundo, está-se nas tintas para o telhado, para a casa e para o guito. É um estróina que só quer é rambóia. Por isso, arranjo o meu chão. Sou egoísta, mas estou bem. Europa sim, desde que não me peçam para andar com um primo desmiolado ao colo o tempo todo.

Deficit – O monstro português de que todos falam. Com as proporções mitológicas e assustadoras que o bicho começa a assumir espanta-me que ainda não haja um operador turístico que organize viagens de ingleses ao habitat da criatura. Não pensem que isto é totalmente idiota. Na Escócia o Loch Ness já rendeu milhões, já foi fotografado e nem sequer existe. Definitivamente falta-nos cultura comercial para saber aproveitar economicamente estes fenómenos.

O nosso governo decidiu introduzir medidas de austeridade que fariam do Xerife de Notingham um filantropo bonacheirão. A crise assim o justifica e nós, habituados às sevícias folgazonas do poder político, aguentámos no silêncio dos carneiros. No entanto, a muitos portugueses, uma nuvenzita de indignação passou à frente dos olhos ao perceberem que um dos ministros que lhes fala em aumentos de impostos e mexidas nas reformas recebe, ele próprio, uma pensãozita pelos seus pesados e duríssimos seis anos de trabalho no Banco de Portugal que equivale a uma quantidade obscena e aviltante de salários mínimos.
A nuvem vai passar. Os portugueses, como bons cidadãos de um país subdesenvolvido, aguentam tudo, desde que a selecção se apure para o mundial. Por isso é bem feito que nos façam isto. Se eu não tivesse vergonha e conseguisse ser político faria o mesmo ou pior. Mas a minha mãe não me perdoaria. Ninguém anda a criar um filho para fazer coisas destas às pessoas.

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Nortada

Há aquele paradigma estereotipado do que é o verdadeiro Nortenho é bruto, barulhento, e portista (deste último “mal” nem sequer padeço), mas ao longo dos últimos anos, tenho vindo a perceber que o que verdadeiramente nos une, para além da liberdade no uso da linguagem, é aquele vento que vem do Pólo Norte, que é quase tão incomodo como o "Arrastão" da praia de Carcavelos e que, tal como a sogra, nos assombra para toda a vida.

Os meus caros amigos de outras partes do país façam o seguinte exercício: quando forem à praia, reparem naquelas pobres almas radiantes, que celebram um bom dia de praia como se de um tumor benigno se tratasse – ou são turistas do norte da Europa, ou são da minha terra.
Cá, um bom dia de praia é tão frequente como um político íntegro. Estamos habituados a que, mal pousemos a toalha na areia, irrompa uma nortada arrasadora, capaz de derrubar o mais “Mourinhesco” dos egos.
É por isso que falamos tão alto! É a única forma de comunicar através de rajadas de vento que impossibilitam a audição de quaisquer sons de volume e frequência abaixo da Adelaide Ferreira!

Em qualquer filme romântico, há o eterno lugar comum dos amantes apartados: os dois olham com saudades para a mesma lua, que assim funciona como elo de ligação (se estiverem interessados em mais disto, leiam Margarida Rebelo Pinto).
No Norte, é a nortada que nos une a todos, é o nosso elo de ligação – esta ventania que me está a encher de areia um ovo que ainda nem abri, é a mesma que tenta libertar a peruca do Socialista Fernando Gomes, que empurra sucessivos treinadores do FCP para fora da cidade, que traz o “mas” ao final da frase “está um bom dia para ir até à praia”.

Maio 2005

SuperLiga 04/05 de A... Z

Dois posts seguidos a falar de futebol... isto está mesmo mau!
Mas antes falar de futebol do que de déficit, IVA, preço dos combustíveis...


Então cá vai o glossário da SuperLiga 2004/2005. É nestas alturas que eu me dou por contente pelo facto deste blog não ser escrito em árabe...

Árbitros — A nova máxima da arbitragem portuguesa é — o quarto árbitro fica com a gorda.
Barbas — A mais importante figura do Benfica a seguir a Eusébio, e maior símbolo encarnado vivo, não pode comparecer à festa na Câmara Municipal de Lisboa porque perdeu as chaves do carro ao coçar a barba.
Carolina Salgado — A grande paixão de Pinto da Costa. Um romance que já durou cinco treinadores. Ao ver as imagens desta senhora no Estádio da Luz a quando do jogo Benfica-Porto, de imediato Quim Barreiros pediu à mulher que mudasse de canal porque estava chocado com aquele tipo linguagem.
Deus — Meteu-se na luta pelo título quando não o devia ter feito. Não tinha nada que apoiar o Benfica—Deus é grande e não de um dos grandes. É o mal das regiões monoteístas, como têm o monopólio fazem o que querem.
Elton John — O conhecido artista vai ceder a sua colecção de óculos aos fiscais de linha do António Costa.
Figueiredo, António (presidente do Estoril) — Afinal há presidentes de barrete vermelho bem piores que o Kumba Yalá.
Gonorreia — Faz parte dos riscos da arbitragem.
Hugo — Prevejo uma grande carreira de árbitro para o central. Basta ver as asneiras que ele faz em campo.
Icebergue — Diz-se por aí que o Apito Dourado é só a ponta do icebergue (e não estou a falar do superego Freudiano). Isto preocupa-me de certa maneira, porque a ponta do icebergue é a parte que derrete e desaparece com maior facilidade.
José Peseiro — Foi considerado pela Liga o melhor treinador do ano. Pois... E o Manuel Machado foi considerado o mais fotogénico.
Karamba, Professor — Consta que foi quem fez a primeira operação ao Mantorras.
Luís Fabiano — No final da temporada veio a saber-se que a mãe do jogador portista não foi raptada. Estava escondida com vergonha das exibições do filho.
Maquiadoras — Do Futebol Clube do Porto. Uma menção honrosa para as nove maquiadoras que nos últimos meses tentaram pôr Couceiro o mais parecido possível com José Mourinho.
Ninja — A meio da época o Futebol Clube do Porto mandou embora o Derlei e foi buscar o Fabiano. Ou seja correram com o Ninja e ficaram com a tartaruga.
O — Não fosse o facto de os meus leitores não serem estúpidos, e eu diria que esta letra parece o Rochemback vestido de lycra. Mas é óbvio que não o vou fazer, porque topavam logo que eu não sabia o que havia de escrever.
P*tas — Acho que não é preciso dizer mais nada.
Quê?!!!!! — Foi a única palavra que consegui balbuciar durante três dias, a partir do momento em que soube que o Peseiro foi considerado o treinador do ano.
Rei — O futebol continua a ser o desporto rei, mas não há dúvida que a monarquia está em decadência.
Santana Lopes—Não compareceu na festa na câmara Municipal de Lisboa, porque perdeu o papel com a morada.
Trapattoni — Foi o grande vencedor da SuperLiga, mas consta que a Direcção encarnada quer apostar num treinador mais novo, e estão a ponderar o regresso de Mário Wilson.
UHF — O vocalista António Manuel Ribeiro cumpriu a promessa e, no dia em que o Benfica foi campeão, voltou a pentear-se.
Vitória— Mais agradável que vê-la a voar no estádio da Luz é prová-la de escabeche. Sonhos...
Wittgenstein — Para o filósofo austríaco existe um isomorfismo entre a linguagem e realidade. Já Gabriel Alves não partilha da mesma opinião.
XYZ — Raios parta! Não sei o que fazer com isto. Agora percebo o que é que o Trapattoni sentia quando olhava para o banco de suplentes...

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Futebol

TRAPATTONI. Está mortinho por voltar a Itália e provavelmente para o ano vai treinar uma equipa da segunda divisão italiana. O Benfica está com azar. Se o italiano fosse treinar uma equipa da terceira divisão italiana os encarnados podiam fazer umas massas, como o Porto quando o Mourinho se foi embora. Porque podia ser que o Trapattoni quisesse levar consigo o Karadas, o João Pereira, o Paulo Almeida, etc.

PESEIRO. Agora foi a vez do Douala arranjar problemas com treinador do Sporting, depois do Rochemback a meio da época ter mandado o treinador ir tomar no primeiro nome do novo treinador holandês do Porto. Deve ser por isto que o Dias da Cunha diz que o Peseiro é o homem que está À FRENTE da equipa.

CO ADRIAANSE. Ter sido eliminado por um golo do Miguel Garcia não é muito prestigiante, mesmo assim parece que o Pinto da Costa vai dar-lhe uma hipótese e deixa-lo chegar ao fim da pré-época.

LUÍS FILIPE VIEIRA. Fica na história como o presidente que acabou com o jejum do Benfica. Acho daria um excelente Presidente da Etiópia.

terça-feira, agosto 02, 2005

1...2...3...

...experiência